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sábado, 3 de dezembro de 2011

Novo Honda Civic 2012 evolui onde precisava, mas regride no visual. Será que volta ao topo?

 Mesmo com um excelente carro, a Honda apanhou um bocado da Toyota nos últimos tempos. O Corolla vendeu bem mais que o Civic, que foi líder soberano do segmento por vários anos.
Para não ficar para trás, a Honda lança, em janeiro, a nova geração do seu sedã. E o melhor: a fábrica alterou exatamente os pontos fracos do veículo -  mas os preços subiram um pouco:

. Honda Civic LXS MT Flex: R$ 69.700
. Honda Civic LXS AT Flex: R$ 72.900
. Honda Civic LXL MT Flex: R$ 72.700
. Honda Civic LXL AT Flex: R$ 75.900
. Honda Civic EXS AT Flex: R$ 85.900
 Começando pelo visual, fico feliz que a marca japonesa não tenha copiado o design da 9ª geração do Civic norte-americano, que é bem sem graça. O nosso Civic tem a frente mais "musculosa", com ressaltos mais perceptíveis. Na traseira, as lanternas aparentemente inspiradas no Mercedes-Benz C180 receberam prolongamentos na tampa do porta-malas.
 Porém, o Civic perdeu a harmonia de suas linhas. A traseira parece ter sido remendada com essa lanterna "extra" no porta-malas. Fico com a impressão de um estilo "xuning", como no Toyota Corolla. O casamento entre frente e traseira da 8ª geração do sedã da Honda era muito melhor. 
 A grande novidade do novo Civic, sem dúvida, é a lista de equipamentos de série mais recheada. Finalmente a Honda percebeu que o seu sedã estava "pelado" em relação à concorrência.
 Todas as versões (LXS, LXL e EXS) são equipadas com computador de bordo, ar-condicionado digital (que ainda não é dual zone, infelizmente), sistema de som com CD Player que lê arquivos em MP3/WMA, com entrada P2 e USB e com comandos no volante; freios ABS, duplo airbag, câmera de ré exibidas no i-MID (tela de LCD colorida do computador de bordo de 5” fica no painel), trio elétrico com os todos os vidros com acionamento “um toque” (antes, só o do motorista tinha o dispositivo), janelas que fecham pelo botão na chave e, finalmente, tampa do porta-malas sem miolo da chave - pode ser aberta pelo comando na própria chave ou pela alavanca interna (eliminando o trsite problema enfrentando pelos donos do Civic até a linha 2010/2011).
 A versão topo de linha, EXS, vem equipada ainda com tela central multimidia de 6,5" no centro do painel com GPS integrado, airbags laterais, controle de estabilidade, comandos do telefone para conexão bluetooth e teto solar.
 Se o visual de fora ficou pouco harmônico, o interior também segue a mesma linha. O painel futurista foi retrabalhando, ganhando melhorias, como a tela do computador de bordo e do GPS na versão EXS.
 Pode até parecer bobagem, mas a diminuição da atratividade está nos detalhes. A alavanca do freio de estacionamento perdeu o formato em Z; o volante ficou mais "quadrado" (no sentido de ultrapassado), sem o visual esportivo, com a perfuração na parte de baixo; até o porta-objetos em frente a alavanca do câmbio perdeu a tampa. O pedal do acelerador agora fica de cima para baixo, diferente da 8ª geração, que seguia o padrão dos alemães (de luxo).
 Dimensões e capacidades
Nas dimensões, o Civic cresceu no comprimento, de 4.489 mm para 4.525 mm, manteve a mesma altura (1,450 m) e praticamente a mesma largura (de 1,752 m para 1,755 m). Mesmo com a redução da distância entre-eixos em 3 cm (de 2,700 m para 2,672 m), a Honda garante que o espaço interno não diminuiu. O que aumentou foi a capacidade do tanque: de 50 litros para 57 litros - aumento muito bem-vindo, permitindo uma autonomia bem maior.
 O porta-malas, segundo a marca, também cresceu: de pequenos 340 litros para bons 449 litros (agradeçam ao estepe fino, de uso temporário, e à tampa traseira mais elevada). O curioso, como adiantei em abril, é que o novo Civic vendido nos EUA tem capacidade 12,5 cubic feet, o que equivale a 353,96 litros - ou 354 litros, contra 12 cubic feet do antigo (8ª geração), equivalente a 339,8 litros, ou seja, os 340 litros (conversões feitas no site Metric Conversion).Vejam no site da Honda. O importante foi o aumento do espaço. 

Na parte mecânica, a suspensão, que continua independente nas quatro rodas, recebeu alterações para ficar mais confortável. O motor 1.8 i-VTEC flex, recebeu alterações para ficar mais econômico, eficiente e com funcionamento mais suave. As mudanças alteraram o regime de rotação e renderam 1 cv quando abastecido com gasolina.
 O propulsor desenvolve 139 cv de potência a 6.500 rpm com gasolina (138 cv a 6.200 rpm no anterior) e 140 cv a 6.500 rpm com etanol (o anterior alcançava a mesma potência, mas a 6.200 rpm). Os números de torque não mudaram, apenas as rotações: 17,5 mkgf a 4.500 rpm com gasolina (anterior: 5.000 rpm) e 17,7 mkgf a 4.500 rpm com álcool (4.300 rpm no anterior). 

Outra novidade da 9º do Civic é o sistema ECON, que ajusta o carro para um modo de direção econômico, controlando as acelerações (ficam mais lentas), as trocas de marcha e até a atuação do ar-condicionado. Só testando na prática mesmo para saber se funciona direito.
 A questão da economia de combustível foi realmente levada a sério pela Honda. Nada mais natural, já que, de 2006 a 2011, apenas o Civic a gasolina recebia elogios pelo consumo, diferente do bastante criticado Civic flex. Mesmo com a adoção da direção com assistência elétrica e do novo sistema de ar-condicionado, o resultado continuou deixando a desejar.

Veja mais detalhes do computador de bordo do novo Civic: 
i-MID (intelligent Multi-Information Display)
A central i-MID conta com uma tela LCD colorida de 5 polegadas que exibe diversas informações e opera como interface para customização do veículo. Seus comandos estão localizados no volante, mas a central também exibe informações gerais do veículo, como sistema de áudio, computador de bordo, áudio, imagem da câmera de ré e sistema de navegação (EXS). 

. Computador de bordo no i-MID
No computador de bordo, o condutor tem acesso aos hodômetros total e parciais A e B; temperatura externa do lado esquerdo da parte inferior; relógio do lado direito da parte inferior; consumo médio de combustível com duas possíveis leituras, A e B, apresentadas no mesmo campo, e autonomia, que é apresentada em alcance. O computador de bordo também conta com o medidor do consumo instantâneo, que pode ser visto no lado direito do painel de instrumentos superior. 

. Sistema de áudio no i-MID 
As seguintes funções do sistema de áudio são apresentadas por meio do i-MID: rádio, CD ou USB; frequência da estação de rádio sintonizada; nome da rádio, música, imagem do álbum e número da faixa, entre outros detalhes.


. Customização de funções no i-MID
Diversas customizações ou personalizações do veículo são possíveis por meio da central i-MID. É possível configurar o papel de parede (fundo de tela) inserindo uma foto pessoal, a tela de boas vindas, o idioma, o temporizador da luz interna, o desligamento do farol, e o travamento das portas. Os controles do lado esquerdo do volante permitem a navegação pelas funções e a escolha dentre as opções. A navegação é simples e intuitiva. Clique em Menu para começar. Escolha a função que deseja configurar por meio das setas (direita, esquerda, para cima e para baixo) e, quando encontrar, clique no botão do meio (Source). Uma foto ou imagem pode ser inserida na central. Basta conectar um PEN DRIVE com fotos na entrada USB. 

. Mensagens de alerta no i-MID
Como regra geral todas as mensagens de alerta têm prioridade de exibição e são mostradas imediatamente no instante da ocorrência. No entanto, uma vez exibida, o condutor pode alternar as telas normalmente sem que o aviso seja perdido. O i-MID é também capaz de emitir alerta toda vez que existir uma falha nos sistemas.

Resumo da obra
É inegável que o novo Civic evoluiu em dois importantes aspectos: lista de equipamentos de série e (menos um pouco) motor. Entretanto, a regressão visual pode ser algo marcante para o veículo, que perdeu a sua harmonia estética (embora já "cansada", a 8ª geração continua mais bonita).

As vendas do Civic devem subir, ainda mais se a Honda conseguir fabricar mais unidades do modelo. Mas tenho minhas dúvidas se ele voltará ao topo do segmento. Líder absoluto eu não acredito que ele volte a ser. Mas brigar pela ponta, isso tem grande chance de acontecer,

E vocês, o que acham? Será que, com as mudanças, o Civic pode voltar ao topo do segmento? 

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