Sérgio Habib não está de brincadeira na tarefa de trazer os modelos da JAC para o Brasil. Ele exigiu que fossem feitas nada menos que 242 alterações neles para se adequarem ao gosto do consumidor brasileiro. Segundo ele, o J3 do Brasil não tem nada a ver com o chinês. Segundo o Estado de São Paulo, as alterações para os modelos destinados ao Brasil agradaram tanto que a JAC as adotou em uma versão que recentemente começou a ser vendida na China, chamada de J3 Samba.
Para definir várias das alterações, a SHC realizou testes no Brasil e profissionais do grupo rodaram mais de 2 milhões de quilômetros com o carro no período de um ano e meio. Carros importados normalmente recebem modificações, quase sempre limitadas a adaptações para rodar com gasolina misturada ao etanol e à suspensão, para enfrentar ruas e estradas esburacadas. Nos modelos da JAC, elas foram muito além.
Entre as modificações, Habib cita os bancos, que receberam veludo e forração mais firme; o ar-condicionado, que teve a carga de gás ampliada para refrigerar melhor; o tamanho dos pneus passou de aro 14 para 15; o limpador de para-brisas foi fortalecido; e as borrachas das portas foram reforçadas para vedar melhor a entrada de pó e fazer menos barulho ao serem fechadas.
O próximo passo será a substituição do motor a gasolina pelo flex, um trabalho conjunto da Delphi do Brasil, Delphi na China, JAC e SHC. A previsão é ter o equipamento em um ano e meio.
Em conversas entre os editores do NA, concluímos que a JAC tem tudo para passar a Chery no posto de marca chinesa mais vendida no Brasil. Pois a Chery fez suas alterações, mas elas foram muito pequenas se comparadas com as que a JAC está implementando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário