quinta-feira, 31 de março de 2011
Adeus Siena bonito !
As duas versões perdiam seus clientes pras versões EL 1.0 e 1.4, que traz como principal diferencia a frente, da primeira fase do Palio. Realmente os faróis de dupla parábola e o acabamento diferenciado não justificavam os R$ 3.000 reais cobrados por elas. O problema é: e como ficam os donos dos poucos Siena Attractive? A Argentina, mais rígida com as montadoras, obriga que as versões sejam vendidas por, pelo menos, um ano.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Ford já prepara motor Flex para o Fusion
O motor 2.5, que é o antigo 2.3 16V de 162 Cv aumentado, que também é o 2.0 16V de 145 CV do Focus e EcoSport, já deveria ser Flex a pelo menos um ano.
domingo, 27 de março de 2011
A magia dos painéis de instrumentos
Porsche 911
Desenhado pelo departamento de design mais “preguiçoso” do mundo no que se refere a evoluções, ele mantém a filosofia dos primeiros Porsches e é funcional acima de tudo. Mesmo tendo recebido algumas adições ao longo dos anos, continua tradicional, sexy e facilmente identificável.
McLaren MP4-12C
O McLaren F1 foi talvez o primeiro carro a ostentar um velocímetro graduado até 400 km/h. Mas o do MP4-12C é uma obra-prima de concisão e harmonia entre ponteiros analógicos e visores modernos. Nada pode ser mais supercarro que isso.
Subaru XT
Inspirado no cockpit dos aviões, o painel do Subaru XT foi a visão do futuro de algum engenheiro viciado em Atari. Impressionante até hoje, quando os painéis digitais são um pouco diferentes desse sonho oitentista. Eu vi o futuro, baby… e ele é passado.
Lexus LF-A
Os supercarros fazem até mesmo o mais velho e experiente piloto sentir-se como uma criança novamente. O painel digital do Lexus LF-A modula-se e muda cor conforme o modo de direção e até pisca quando a faixa de corte é atingida, no estilo dos fliperamas antigos. A marca diz que adotou um painel digital pois os instrumentos analógicos não tinham respostas rápidas o suficiente para medir precisamente a variação de giros do motor. Ok então.
Koenigsegg Agera
Nessa época de abundante informação digital, talvez você acredite que mais é sempre melhor. Nesse caso, o painel do mais recente Koenigsegg é uma suculenta profusão eletrônica que parece inspirado nas ruas mais iluminadas de Tokyo.
Ford GT
Inspirado no modelo que derrotou as Ferraris em LeMans, o painel do Ford GT é praticamente o mesmo apresentado no conceito de 2002. O destaque fica para a sequência de instrumentos secundários que ligam o conta-giros, posicionado atrás do volante, ao velocímetro centralizado, mas voltado ao piloto.
Chevrolet Corvette
Nos fim anos 50 o design dos carros americanos era maciçamente inspirado nos aviões. O painel da segunda geração do Corvette não era exceção, e exibia orgulhosamente um conjunto de relógios e mostradores individuais como a cabine de um aeroplano da época, coroado pelo belo e enorme velocímetro.
Aston Martin DB9
Os instrumentos em alumínio do DB9 parecem esculpidos simetricamente por um joalheiro. Velocímetro e conta-giros têm funcionamento espelhado, sugerindo que você deve manter a simetria inicial sempre que possível. Beleza, potência e alma.
Minimalista e futurista, já marcou época por equipar um carro relativamente acessível. O conta-giros fica em evidência logo atrás do volante, e no andar de cima o termômetro do motor, nível de combustível e velocímetro digital. Ali também fica a shift light, assim você não tira os olhos do asfalto. E no Type R, o termômetro vai para baixo e entra em seu lugar um indicador do funcionamento da configuração mais brava do comando variável i-VTEC.
Agora é a sua vez, qual painel deve entrar em nossa lista instrumental?
sábado, 26 de março de 2011
A prova de que o Cayenne nâo é um off road
Alguma dúvida quanto à afirmação do título? Se sim, dê uma olhada nesse vídeo de um Porsche obeso levemente atolado na beira de um rio. Depois da ajuda providencial de um caminhão, o Cayenne, seu motorista russo (e uma provável dose de vodka) conseguem ficar ainda mais atolados. E então algo explode.
Fox 2012 chega às lojas. Duas novas versões estão disponíveis
A Volkswagen do Brasil apresentou esta semana a linha Fox 2012. Entre as novidades estão as versões BlackFox e SilverFox, o novo pacote de opcionais I-Trend e novos itens de série para os modelos básicos.De olho no público mais jovem, a Volkswagen criou as versões BlackFox e o SilverFox para a Fox 1.0.
Na parte interna, o teto e as colunas são escuras, o segundo a marca o deixa mais esportivo. As duas versões também contam com logotipos de identificação nas portas dianteiras e tampa traseira, manopla da alavanca de câmbio exclusiva, piscas laterais nos retrovisores, faróis duplos com máscara negra, antena no teto, lanternas traseiras com lentes escurecidas e faróis de neblina.
Esses dois modelos exclusivos podem ser equipados, opcionalmente, com o módulo I-Trend, que acrescenta, entre outros itens, o próprio I-System, CD-player com interface para iPod, volante multifuncional, quatro altofalantes e dois tweeters.
Entre os opcionais, a marca oferece o pacote I-Trend, o qual agrega itens como volante multifuncional e rádio dotado de interface para iPod. Outro item opcional disponível na linha Fox 2012 é o sistema de luzes de emergência para frenagens bruscas, recurso este que aciona o pisca alerta automaticamente nos momentos de frenagens de emergência.
Fox e CrossFox 2012
Na linha Fox 2012, o terceiro apoio de cabeça para o banco traseiro passa a ser item de série para as versões Prime e CrossFox e opcional para as versões 1.0 e 1.6 .
O CrossFox traz como novidade uma alteração no visual externo, com a adoção da cor cinza Ubatuba em detalhes externos. A nova cor se destaca mais principalmente nos carros de cor prata, onde o acabamento anterior, em tom semelhante ao da carroceria, era menos contrastado.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Exemplo de competência japonesa
A infraestrutura de transportes do Japão não conseguiu suportar o tremor de magnitude 9 ocorrido neste mes, mas suas equipes de reconstrução ainda são incríveis. Este trecho de rodovia foi reparado em apenas seis dias por uma equipe hercúlea. Isso é um triunfo da engenharia levada a sério.
O sismo de 11 de março e o tsunami destruíram rodovias, pontes e linhas de trem, mais ou menos como seu irmão menor fazia com seu SimCity.
A rodovia Great Kanto em Naka parecia mais uma enorme cratera em 11 de março. O tremor destruiu 150 metros ao longo do principal trecho da rodovia. Considerando o imenso estrago em toda a região, os trabalhadores nem tiveram tempo de apreciar seu trabalho antes de partir para a próxima obra.As equipes da empreiteira NEXCO começaram a trabalhar no dia 17 de março. No fim do dia 23 a rodovia foi aberta para os carros. Não estamos a fim de imaginar como seria no Brasil para não estressar, mas é inevitável.
E invejável.
Triste notícia
Ken Block, o famoso piloto de WRC, capotou ontem seu Fiesta de rally cinco vezes antes do Rali de Portugal. Ken e seu navegador, Alex Gelsomino, foram hospitalizados, mas não sofreram ferimentos graves.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Quatro em cada cinco donos de BMW série 1 não sabem que esse carro tem tração traseira
De acordo com uma pesquisa feita com os consumidores da BMW, 80% dos donos da série 1 (como os 130i e o 120i) acham que seus carros têm tração dianteira. Ou seja, de cada cinco motoristas que sentam atrás de um volante de um BMW, apenas um consegue reconhecer uma das mais importantes características de dirigibilidade e manobralidade da marca: a tração traseira – o que comprova que muita gente não iria se importar com o teor iconoclasta do novo carro, ainda mais sabendo que ele será o mais barato do catálogo bávaro.
O modelo em questão, que é esperado para 2014, será o menor da marca, entre o tamanho de um Mini e um Golf. A plataforma original em que será baseado possui previsão para tração integral, o que permite várias possibilidades de configuração – a escolha pela tração dianteira foi feita por causa dos custo, no caso de um compacto feito para competir com o Audi A1 – mercado que a BMW confessou ainda ter muito a explorar além do Mini.
Nissan Maxima
O Nissan 370Z dos pais de família.
Só no Brasil mesmo . . .
Quando já estava se afastando do veículo a pedido do bandido, o proprietário do Honda Civic foi surpreendido pela ordem do ladrão, que agora queria que ele retornasse ao carro. Ao chegar ao carro, o ladrão pediu para que a vítima ensina-se como dirigir o Civic, pois era automático. Depois de ensinar o ladrão, o proprietário foi liberado.
Como pode acontecer isso? E o dono do Civic que não ensine pra ver o que acontece. . .
Os diferentes tipos de avaliação automotiva
1) “A noite seguinte ao massacre intelectual”
Quem tem tempo de aproveitar os bons vinhos e cortes nobres que fecham uma sessão de testes? Hoje em dia, muitos jornalistas passam a noite anterior à avaliação em seu quarto de hotel desvendando comunicados de imprensa elaborados, decifrando citações manipuladas de engenheiros e metralhando detalhes no WordPress mais rápido que o operador de rádio do Titanic no dia 14 de abril de 1912. Tudo em uma corrida desesperada para apertar o botão de “salvar” antes do cara no quarto ao lado. A avalanche de informações “de referência” não é divertida, geralmente contém poucas informações, e o melhor que o leitor pode esperar delas é que tenha mais verbos que adjetivos e fotos suficientes para passar o tempo.
2) A avaliação “Era pra isto ser inteligível, mas o editor assistente ficou intimidado pelo prolixo jornalista que é também um engenheiro”
Pobre coitado. O enferrujado jornalista chegou com 5.000 palavras sobre a descrição da inércia, efeitos da cambagem e variação das forças laterais, e não se dignou a explicar que diabos significa tudo isso. “Ah, eles vão entender”, diz ele ao garoto, que não é pago o suficiente para lidar com esse acomodado (para não usar um termo forte demais). O garoto entende que isso não presta, mas o velhote não concorda. Quem paga o pato? O leitor, porque no final, nada no texto vale a leitura.
3) O edital dos detalhes
O nível de detalhes dessas avaliações é tão massacrante, as páginas tão cheias de termos e chavões e metáforas, que ao chegar à metade do discurso sobre a capacidade de carga do carro – por volta da 1.559ª palavra – já é tarde demais porque você já subiu em uma cadeira de madeira e amarrou a gravata na primeira coisa suspensa que encontrou.
4) O relatório feito por um robô
Quando falta inspiração ou quando o objeto não empolga suas frescas exigências, jornalistas correm o sério risco de escrever um relatório burocrático sem emoção. É fácil identificar avaliações assim: são cheias de frases curtas e desapaixonadas descrevendo cada mínimo aspecto do carro, como se fosse uma aula de anatomia, e não um texto para um ensaio da Playboy.
5) A tentativa fracassada de fazer metáforas ao estilo Clarkson
É preciso ser realmente bom como Jeremy Clarkson para começar uma avaliação com uma anedota sobre um pé de manga nos campos da França, e depois nos manter interessados enquanto fala do interior da Inglaterra, cortes de cabelo, e depois encaixar uma referência a um príncipe que nunca vai ser rei – antes de chegar perto de um carro. A maioria das tentativas em imitar isso geralmente fracassa igual à promessa do capitão do seu time para trazer o título do campeonato com mensagens motivacionais bregas e constrangedoras.
6) A tentativa fracassada de uma referência literária
Não há nada de errado em citar os grandes mestres para ilustrar uma frase, apenas se certifique de que é a hora certa, ou você vai terminar como aquele mala que tenta impressionar os demais em churrascos de família. “Não temeis a grandeza” disse Shakespeare, “alguns nascem grandes, alguns conseguem grandeza, a alguns a grandeza lhes é imposta. Como neste popular 1.0.” Isso não vira.
7) A avaliação “Eu deveria escrever para o Discovery Channel, esta porcaria já está descritiva demais”
Ela começa colocando o leitor no meio da ação. “Lá estava eu, percorrendo uma estreita camada de pavimento betuminoso no interior da Espanha, o aroma de uma floresta de eucaliptos preenchendo a cabine do sedã alemão em meio à primavera do país Basco, os tons caramelados despertando meus sentidos para a curva inclinada à direita que eu estava prestes a cortar como uma faca em meio a melhor manteiga dinamarquesa antes de derreter em uma frigideira…” Sério. Precisa tanto?
8) A meta-avaliação “Minha experiência correndo em Interlagos eleva minha opinião sobre o valor deste objeto a um estado inalcançável.”
Certo, estamos fascinados sobre como é possível tirar milissegundos do tempo de volta de um WRX só por não ser um pai de família que ainda paga o aluguel e tem duas crianças para sustentar. Mas ser um elitista cujo único propósito é incitar o elitismo nos outros não torna a crítica mais interessante, a torna uma porcaria entediante.
E você, leitor voraz de reportagens automotivas, consegue identificar mais categorias de avaliações? A caixa de comentários abaixo está à sua disposição.
terça-feira, 22 de março de 2011
Alguns carros que morreram em 2010
Todos os anos, os fabricantes descontinuam modelos sem muito alarde, mais preocupados com o lançamento do novo modelo que em lembrar a memória de um nome que se vai. Ninguém se lembra do dia em que o Suzuki Vitara deixou de existir para tempos depois reencarnar como o Tracker, e não fizeram placas comemorativas para lembrar a última Montana com uma plataforma mais moderna que seu sucessor homônimo.
Muitos dos modelos que perdemos esse ano, no entanto, tiveram um impacto duradouro nos cenário automotivo. Seja por terem preenchido um nicho, serem sucesso de vendas ou a simples incapacidade de lançar um novo produto, os carros que não mais serão vistos nos pátios dos concessionários e locadoras em 2011 nos deixam uma renovada sensação de esperança para a indústria automotiva – e um material para recontar piadas recorrentes.
Fiat Stilo (2002-2010)
Aposentou-se para dar lugar ao Bravo, e parte deixando um público fiel que apreciava seu visual monolítico e a generosa oferta de equipamentos. Além do cobiçado esportivo Abarth com motor 2.4 e 167 cavalos, deixam saudades as versões especiais Schumacher (com rodas de belo desenho, mas motorzinho discreto) e Blackmotion, série final repleta de acessórios.
Sua ficha estaria ainda mais limpa não fosse a série de acidentes causados por problemas no cubo da roda. Menos mal – pelo menos para a marca – que a notícia estourou apenas no final de sua vida no mercado.
Renault Scénic (1999-2010)
A primeira minivan de grande sucesso no Brasil foi responsável pela consolidação de um setor que logo teria Zafira, Picasso, Idea e companhia. Infelizmente para nós, o que continuou em fabricação até o último mês de julho no Paraná foi apenas a primeira geração do veículo baseado no Mégane, totalmente defasada. Lá fora, a Scénic II apareceu em 2003, e a terceira geração é do ano passado.
Apesar dos ótimos serviços prestados, já vai tarde. O grupo Renault-Nissan atualmente aposta na Livina e Grand Livina, mas sem o mesmo sucesso, em um segmento que por si só já não parece atrair tantos compradores quanto há dez anos atrás.
Chamonix (1987-2010)
Uma das melhores fabricantes de réplicas de Porsche clássicos no mundo, a Chamonix anunciou em 2010 a paralisação de sua linha de montagem. A demanda pelos 356, Speedster e Spyder 550 feitos com esmero e refrigerados a ar – e colecionados por gente como Gordon Murray – estaria muito baixa devido à valorização do Real (que dificulta as exportações), ao descaso do mercado consumidor interno (que nunca deu muita bola para réplicas).
Junte a isso a inevitável carga tributária local, e temos o fim de um orgulho automotivo. A paralisação, todavia, pode ser apenas temporária. Tomara.
Ford Explorer com carroceria sobre chassi (1991-2010)
O veículo que criou uma categoria e começou uma febre, o Ford Explorer sobreviveu aos escândalos dos pneus Firestone, a demanda por veículos ainda maiores e milhões de crianças carregadas para o futebol. Foi vendido como Mazda Navajo, Mercury Mountaineer, redecorado de todas as formas imagináveis e até desconstruído de volta para a picape da qual foi criado.
Apesar de o nome Explorer voltar em um modelo 2011, os traseiros de motoristas e passageiros logo vão descobrir que o carro não é mais produzido com a carroceria sobre chassi. Os off-roaders mais sérios vão torcer o nariz para o SUV de construção monocoque, mas não estranharíamos descobrir que eles não são o mercado alvo do modelo.
PT Cruiser (2000 a 2010)
Assim como calças brancas, camisetas Armani com letras garrafais e Kenny G, o PT Cruiser simplesmente não desaparece. Até este ano.
Afrescalhado com molduras de placas cromadas imitando correntes, “painéis de madeira” de vinil e mais chamas que a pior imagem do inferno imaginável, é fácil perceber porque o modelo recebeu o apelido de “loser cruiser” nos Estados Unidos. A Chrysler propositalmente desenhou o PT Cruiser para que fosse classificado como um utilitário e ajudar a empresa a atingir as metas dos níveis de consumo de combustível para utilitários nos EUA. Infelizmente, bebia como uma picape média.
Os aposentados que lamentam a perda do carrinho retrô podem mirar as pensões para outra criação do projetista do PT Cruiser, Bryan Nesbitt, o Chevrolet HHR.
Honda Element (2002-2010)
Enquanto a maioria dos veículos em fim de linha são guinchados discretamente para o ferro velho celestial, a Honda tomou o inusitado caminho de anunciar o fim do Element à imprensa.
Com o Element, a Honda cometeu o clássico erro da indústria automotiva. Miraram a publicidade do modelo para o público na casa dos vinte anos, esquecendo que poucos jovens podem bancar um carro novo que não seja popular. Ainda que o interior fosse ideal para viagens e as portas facilitassem na mudança da república de volta para casa, a maioria do público alvo do Element ia à concessionária da Honda para negociar o pagamento de um Fit com anos de uso.
Chevrolet Cobalt (2004-2010)
Quando substituiu o igualmente insosso Cavalier, o Cobalt foi proclamado como o “novo matador de sedãs japoneses” (título que no Brasil serviu por algumas semanas para Vectra, Megane e até Linea). O Cobalt era bom – especialmente na versão que trazia o aerofólio cafona da foto, a SS – mas nada sensacional. Como a maioria dos antecessores com a gravatinha dourada, o Cobalt ficou à sombra do Corolla e Civic e acabou relegado aos pátios das locadoras – ou seja, na próxima viagem à gringolândia, você pode alugar um desses bem baratinho.
Carros que fizeram a década - Focus Mk1
Dez carros ansiosamente aguardados
Novo Palio
Por que é tão aguardado? Um novo Palio agitaria a briga pela liderança do mercado com o Gol. Mesmo estando entre os mais vendidos, o Palio ainda é feito sobre sua plataforma original de 1995 e ficou desinteressante com a renovação de seus concorrentes, chegando a perder espaço para o novo Uno. Ele deve ser lançado em 2011 e pode roubar as atenções de modo semelhante ao que aconteceu com o novo Gol há dois anos.
Por que é tão aguardado? O novo Fiesta dá um salto gigantesco em termos de estilo e tecnologia em relação ao atual. Sua chegada ao Brasil estabeleceria um novo padrão no segmento, obrigando a concorrência a trazer algo parecido para competir com o dinâmico compacto de marca americana mas berço europeu.
Mitsubishi Lancer nacional
Por que é tão aguardado? No começo do ano a Mitsubishi anunciou que iria ampliar sua capacidade de produção no Brasil até 2015 e incluiu o Lancer no pacote, para delírio da legião de fãs do sedã. Um Lancer produzido aqui seria acessível sem deixar de lado sua vocação esportiva e daria uma boa apimentada no monótono segmento de sedãs médios.
Lamborghini Aventador
Por que é tão aguardado? O Aventador promete ser o Lamborghini mais radical de todos os tempos. Além de estrear o novo V12 da fábrica italiana ele será uma mistura de Reventón com Murciélago. Um motor avassalador, uma cara sinistra, muita fibra de carbono e velocidade máxima de 343 km/h.
Kia Koup
Por que é tão aguardado? Os coreanos já têm fama de oferecer muito por pouco. Com o problema do visual careta resolvido pelo designer alemão Peter Schreyer, a versão cupê do Cerato está sendo aguardada como uma alternativa ao Civic Si. O modelo foi anunciado para o final de 2010 a um preço de cerca de 80 mil reais.
Chevrolet Cruze
Por que é tão aguardado? O substituto do Vectra está sendo aguardado pelos brasileiros como o carro que renovará a marca no país, abandonando de vez o conservadorismo dos modelos atuais (atuais?) da Chevrolet e fortalecendo a marca na briga contra Civic e Corolla. Com essa carinha aí, parece difícil.
Audi Quattro
Por que é tão aguardado? Assim como o Stratos, o novo Quattro será a ressurreição de um dos ícones do rali mundial. Ao contrário do Stratos, farão 50 deles sobre a plataforma do RS5 com o cinco-em-linha do TT-RS. É o melhor dos nossos Audis favoritos misturado com cocaína e pó de anjo.
Kia Cerato Hatch
Por que é tão aguardado? Deverá ter as mesmas qualidades do sedã com um ar mais jovem que todo hatch tem em relação aos sedãs. A Kia diz também que ele terá uma versão com motor 2.0, que em conjunto com seu desenho mais harmonioso deve roubar compradores do Hyundai i30.
Novo Dodge Viper
Por que é tão aguardado? Os rumores de um Dodge Viper baseado no Alfa Romeo 8C provavelmente são falsos, o que significa que o novo Viper deverá ser um V10 ultra-hardcore tipicamente americano. A única questáo é se os controles eletrônicos, obrigatórios por lei, vão ou não acabar com a diversão. Por sorte, a Chrysler tem uns ragazzi em Maranello para dar uma mão nesse aspecto.
Novos Alfa Romeo
Por que são tão aguardados? Unanimidade entre os gearheads, os Alfa nunca foram bem tratados pela Fiat, até que um dia eles simplesmente deixaram de ser importados. Com a compra da Chrysler pela Fiat, dizem que a Alfa usará plataformas americanas com tração traseira e produzirá no México os modelos voltados ao mercado americano. É a nossa chance de ter os Alfa Romeo de volta ao país.
Há rumores de um futuro lançamento de Uno Economy 1.4
quarta-feira, 16 de março de 2011
Veja uma perua de mamãe ir mais rápido que um Porsche 911 Turbo
Desde o momento em que vi pela primeira vez a CTS-V Sport Wagon estacionada em frente à sede da Hennessey no Texas eu sabia que logo ela apareceria em um vídeo de arrancada em quarto-de-milha. Mas um Porsche 911 Turbo contra a perua Cadillac? Isso é ridículo. Ou não.
No fim da pista o Cadillac marcou 11,7 segundos a 193,6 km/h e o Porsche em 11,8 segundos à mesma velocidade.Claro, estes são carros da Hennessey na pista da Hennessey e pilotados pelos caras da Hennessey, por isso você deve desconfiar um pouco do vídeo. Mas devo mencionar que já vi um cara na mesma pista com um 911 Turbo e foi dois décimos mais lento que o Porsche do vídeo.
Ainda assim, é uma perua de mamãe que come Corvettes no almoço e depois leva as crianças na aula de Tae Kwon Do, por isso deixe de ser desconfiado e aproveite o momento.
Porque o Brasil insiste em duvidar dos motores 16V?
Fazia um certo tempo que não ouvia isso, mas aconteceu. Conversando com um taxista a respeito do seu interesse pelo Nissan Livina, ele acabou dizendo (a bordo de sua Meriva 1.8 8V) a razão das suas suspeitas: os motores de 16 válvulas da minivan japonesa. Afinal, por que muitos brasileiros ainda desconfiam desse tipo de motor?
Vamos a um histórico rápido. Em março de 1993 era lançado o Tempra 16V, o primeiro carro com cabeçote multiválvulas fabricado no Brasil. Tinha 28 cavalos a mais que o motor 2.0 original e ultrapassava a barreira dos 200 km/h , mas oferecia um desempenho praticamente igual em baixas rotações – e por um preço sensivelmente maior.
Essa falta de reações mais enérgicas em marcha lenta na primeira geração de motores desse tipo seria uma das justificativas para que eles não emplacassem no Brasil. A outra surgiu em relação à manutenção supostamente mais dispendiosa. A teoria – que ganhou força com os problemas enfrentados por donos do Gol 1.0 16V e 1.0 16V Turbo na virada do século – na verdade escondia o fato de que 1) a maioria dos mecânicos simplesmente não estava preparada para lidar com cabeçotes multiválvulas, e 2) a maioria dos motoristas não seguiu os padrões de manutenção recomendados pelos fabricantes.
A relativa lentidão em trânsito urbano seria resolvida com o uso de coletores de geometria variável e comandos de válvulas variáveis (VTEC, i-VTEC, VVT e VVT-i). O problema é que, no auge da adoção desses motores no Brasil, quando Palio, Corsa, Gol, Astra e outros carros exibiam orgulhosamente a inscrição 16V, poucos possuíam esses refinamentos. Os motores 1.0 16V Turbo e o Fivetech dos Marea traziam comandos variáveis, mas foram sufocados pela necessidade de maior cuidado na manutenção – apesar de continuarem valorizados pelo público entusiasta.
O fato é que motores com quatro válvulas por cilindro são indiscutivelmente mais modernos, mais potentes, oferecem mais rendimento e menor consumo que os com duas válvulas por cilindro, e se popularizaram no mundo inteiro, menos no país do samba. Gradualmente, todas as marcas mais populares do Brasil foram abandonando os cabeçotes desse tipo. Na Volks e na GM, a configuração simplesmente desapareceu. Na Ford, continuou equipando poucos carros, como o Focus, mas sem nenhuma identificação indicando sua presença.
Na Fiat, os cabeçotes do tipo acabam de voltar com força nos modernos motores E.torQ – e perceba que o grande destaque da linha é dado justamente à fartura de torque, e não à quantidade de válvulas. O mesmo ocorre com Honda e Toyota, cujos motores a maioria dos motoristas leigos nem sabe que possuem 16 válvulas.
Qual lição tiramos de toda essa história? Talvez que o subdesenvolvimento e as características constrangedoras (e únicas) de nosso mercado às vezes não são culpa apenas dos fabricantes e dos impostos. O próprio público que insiste em pensamentos retrógrados acaba contribuindo para isso.
A implicância aparentemente está diminuindo, e a tendência é que esse tipo de motor domine o mercado – mas sempre tem algum cara como o taxista do início do texto para ir contra a lógica e mexer com nossa paciência.
Mais um motivo para você ir ao Beto Carrero World
Os preços partem de R$ 50,00, preço de uma carona no Mustang por cinco quilômetros. Para dirigí-lo, os condutores terão que pagar R$ 150,00. Os preços variam. O Boxster e o Corvette C6, por exemplo, custam R$ 250,00 para serem dirigidos durante 8 quilômetros. Já a 360 Modena custa R$ 550 reais, e o Gallardo, R$ 690,00 para ser dirigido e R$ 250 para uma carona.
Trata-se de um passeio imperdível, sejam para os fãs de carros ou para curiosos que sempre sonharam em andar nas tão famosas Ferrari. E, dessa vez, o leque de escolha e de preços são maiores e mais amigáveis.
Agora a versão mais cara do Focus se chama Titanium, e chega como linha 2011 com novidades
A lista de equipamentos de série passa a contar com faróis direcionais com acendimento automático, limpadores com sensor de chuva, rodas de 16” (com o desenho das usadas pelo Focus ST na Europa) com novo desenho, espelho retrovisor eletrocrômico e porta luvas refrigerado.
O motor é o mesmo 2.0 16V Flex de 148cv e agora o Sedan só usa o câmbio automático de 4 marchas, e o Hatch continua com a opção do câmbio manual de 5 marchas. Os preços iniciam em R$78.430 para o sedã (esbarrando no Fusion), e R$71.660 para o hatch (com o automático sobe para R$76.410). O interior continua sem alterações estéticas.
Lançamento JAC J3 e J3 Turin (Sedan)
O empresário Sergio Habib sabe do tamanho do desafio que vai encarar ao representar a JAC Motors, mas está disposto a mostrar que os chineses podem oferecer automóveis tão bons – ou até melhores – quanto os modelos nacionais.
Habib não poupou esforços para fazer a JAC (pronuncia-se “djéck”) roubar clientes dos pesos-pesados da indústria automobilística. O ousado plano estratégico tem foco no pós-venda, uma das maiores preocupações de quem torce o nariz para os chineses, e inclui a inauguração simultânea de 50 concessionárias no dia 18 de março – o chamado “Dia J” – e uma inédita garantia de seis anos para todos os veículos da marca.
O modelo de estreia da JAC Motors é o J3. Disponível nas versões hatch e sedã (esta chamada de J3 Turin), o modelo aposta no design atual e no sedutor pacote de equipamentos de fábrica. Ao contrário dos outros chineses, o preço não é inferior ao da concorrência, mas, por 37.900 reais, deve fazer muitos motoristas pensarem melhor na hora de trocarem de carro. O sedã tem um acréscimo de 2 mil reais no valor final.
No geral, o J3 é um carro interessante. Para adaptá-lo ao gosto do brasileiro, Habib investiu 380 milhões de reais e realizou diversas mudanças. O empresário diz que fez 242 alterações, incluindo potência e torque do propulsor 1.4, direção, suspensão – que ficou mais firme – e sistema de ar-condicionado. A qualidade da construção dos carros e até o isolamento acústico também sofreram interferências, após os veículos rodarem mais de 2 milhões de quilômetros de testes.
O design é um de seus pontos fortes. Assinado pelo estúdio italiano Pininfarina, as linhas do compacto são harmoniosas, embora se pareçam um pouco com outros carros que já são vendidos no mercado. Os faróis tem formato de folha e as lanternas invadem as laterais.
O interior tem um acabamento que segue o padrão de seus rivais, com uso abundante de plástico. O desenho do painel de instrumentos pode causar polêmica, mas o conta-giros e o velocímetro concêntricos é uma solução interessante. O banco traseiro oferece espaço de sobra para dois ocupantes e o porta-malas comporta bons 346 litros. No caso do J3 Turim, a capacidade volumétrica sobe para 490 litros.
A lista de itens de série é bastante generosa. Todo J3 vem equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, freios com sistema anti-travamento (ABS) com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), sensor de estacionamento traseiro, rádio CD Player com MP3 e entrada USB, faróis de neblina, abertura automática da tampa do porta-malas e da tampa do tanque de combustível e rodas de liga leve. O único opcional é a pintura metálica, sendo que tapetes e bancos revestidos em couro serão vendidos como acessórios pela rede autorizada.
Sob o capô, quem dá as caras é o motor 1.4 de 16 válvulas, dotado da tecnologia de comando de válvulas variável (VVT). Por enquanto abastecido somente com gasolina (os motores flex devem chegar em 2012, segundo Habib), entrega números dignos de motores 1.6: a potência é de 108 cv e o torque máximo é de 14,1 mkgf. O J3 é equipado com câmbio manual de cinco velocidades e tem suspensão traseira independente.
O grupo SHC aposta alto no sucesso da família J3. A JAC confirmou que o primeiro lote de 14.500 veículos está prestes a chegar ao Brasil. A expectativa é vender 35 mil veículos até o fim deste ano. Por mês, o volume estimado é de três mil unidades, sendo duas mil do J3 e mil do Turin. Se você prefere carros maiores, será preciso aguardar um pouco mais até a chegada do sedã médio J5 e da minivan J6. Ainda é cedo para dizer se a nova empreitada de Habib será bem sucedida, mas otimismo é o que não falta para fazer da JAC a primeira marca chinesa a vingar no Brasil.