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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Equipe do SAMU grava vídeo a 170 km/h em emergência e agora todos podem ser demitidos

Uma equipe de socorroristas do SAMU de Concórdia, no Oeste de Santa Catarina, saiu em disparada para atender um grave acidente entre dois carros na BR-153. Durante o percurso de mais de 20 km, a ambulância chegou a 170 km/h, e agora a equipe vai responder a um inquérito administrativo e correm o risco de perder o emprego. Veja o caso.

Tudo aconteceu no dia 3 de agosto. Eles foram designados para atender as vítimas de um acidente entre um Ford Fiesta e um caminhão, que teve mortes no local e vítimas presas nas ferragens. Diferentemente do restante do Estado, oeste de SC é formado por pequenas localidades geralmente distantes entre si.

Esse acidente foi um desses casos. As equipes de socorro partiram do centro da área urbana de Concórdia e rodaram km do acidente e obviamente precisavam chegar rápido ao local, dado a gravidade da colisão. Com sirene e luzes acesas, como manda o código de trânsito, eles cumpriram sua missão, chegando a velocidades que eu mesmo pensaria duas vezes antes de atingir em uma van de 2 metros de altura.

O acidente teve como resultado quatro mortes. Três aconteceram no local, e a quarta já no hospital. O único sobrevivente, ficou na UTI durante 20 dias, e teve alta nesta última terça-feira (20).

Quanto ao vídeo, a equipe conta que nesses momentos o nível de adrenalina dispara, e por isso eles resolveram filmar a ação. Foi assim que começou a polêmica. Quando o vídeo caiu nas redes sociais, publicado pela Rádio Aliança, as opiniões sobre a atitude dos socorristas se dividiram entre aqueles que julgaram que a atitude foi irresponsável, e aqueles que acham que a gravidade do acidente justifica o ato.

Independentemente da opinião pública, a Secretaria Municipal de Saúde de Concórdia abriu uma inquérito administrativo para apurar o suposto desvio de conduta e agora os servidores podem ser suspensos ou até demitidos.

Ainda não ficou claro se ao inquérito foi aberto para julgar a conduta dos funcionários, que pareciam se divertir a caminho da tragédia (uma exibição clara de quebra de decoro, algo que norteia o código de ética dos servidores públicos), ou se o problema foi andar a 170 km/h com uma ambulância em serviço de urgência.

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