Tudo aconteceu no dia 3 de agosto. Eles foram designados para atender as vítimas de um acidente entre um Ford Fiesta e um caminhão, que teve mortes no local e vítimas presas nas ferragens. Diferentemente do restante do Estado, oeste de SC é formado por pequenas localidades geralmente distantes entre si.
Esse acidente foi um desses casos. As equipes de socorro partiram do centro da área urbana de Concórdia e rodaram km do acidente e obviamente precisavam chegar rápido ao local, dado a gravidade da colisão. Com sirene e luzes acesas, como manda o código de trânsito, eles cumpriram sua missão, chegando a velocidades que eu mesmo pensaria duas vezes antes de atingir em uma van de 2 metros de altura.
O acidente teve como resultado quatro mortes. Três aconteceram no local, e a quarta já no hospital. O único sobrevivente, ficou na UTI durante 20 dias, e teve alta nesta última terça-feira (20).
Quanto ao vídeo, a equipe conta que nesses momentos o nível de adrenalina dispara, e por isso eles resolveram filmar a ação. Foi assim que começou a polêmica. Quando o vídeo caiu nas redes sociais, publicado pela Rádio Aliança, as opiniões sobre a atitude dos socorristas se dividiram entre aqueles que julgaram que a atitude foi irresponsável, e aqueles que acham que a gravidade do acidente justifica o ato.
Independentemente da opinião pública, a Secretaria Municipal de Saúde de Concórdia abriu uma inquérito administrativo para apurar o suposto desvio de conduta e agora os servidores podem ser suspensos ou até demitidos.
Ainda não ficou claro se ao inquérito foi aberto para julgar a conduta dos funcionários, que pareciam se divertir a caminho da tragédia (uma exibição clara de quebra de decoro, algo que norteia o código de ética dos servidores públicos), ou se o problema foi andar a 170 km/h com uma ambulância em serviço de urgência.
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