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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Quando os elefantes voam

Você vê esta cena em quase toda etapa do WRC: estrada estreita, longa reta, aclive monstruoso, pé embaixo… um pulo quilométrico. Com poder quase divino, as molas, amortecedores e suas respectivas torres absorvem e dissipam todo o impacto – e o carro segue à toda, acompanhado de flashes e berros da platéia.

Bem, um Buick Le Sabre – e a graciosidade de suas magras duas toneladas – assistiu a uma etapa, se empolgou e foi lá decolar também. Será que deu certo?


Pois é, deu. Confesso que este foi o pulo na equação risco-babaquice-velocidade mais impressionante que eu já vi. A quanto este redneck desmiolado vinha? A 100, 120, 140 km/h? E não é que a suspensão do Buick segurou a onda e manteve o controle da jacuzzi? É verdade, o ângulo em descida da rampa ajudou – mas já vi carros melhores perdendo o controle por muito menos.

Aliás, vocês viram o que esperava ele alguns metros depois – dos dois lados da estrada – caso alguma coisa desse errado? Cara, para fazer algumas coisas, definitivamente você precisa de uma dose cavalar de abstração. E agora, você já sabe: evite o ditado “só quando os elefantes voarem” – procure algo mais improvável.

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