Um carro tem milhares de peças, e é normal que cada fabricante se esforce ao máximo para reduzir os custos, seja reutilizando motores ou peças iguais para deixar um modelo mais barato de se fabricar. E quanto mais escondida a peça, mais ela é reusada. Mas quando essa peça igual é por fora, tudo muda . . .
Então trazemos aqui 10 exemplos de quando isso acontece:
Citroën C3 europeu/DS3
A Citroën faz parte de um grupo chamado PSA Automóveis, que a torna "sócia" da Peugeot no Brasil. Por aqui, ela sempre fez o papel da marca mais tecnológica e moderninha entre as francesas, tendo como claros exemplos o Painel digital e o volante de cubo fixo da linha C4. Na França, ela tem a grife DS, que é quando um Citroën se torna um premiun. Tudo bem, o DS3 é a versão premiun 2 portas do C3, mas todo o seu exterior não compartilha uma peça sequer com o C3. Espera, tem sim! Embora capô, parachoque, e para-lamas sejam diferentes, estes foram feitos envolta do faról do C3.
Fiat Idea/ Palio
Quem tem um Fiat Palio ou Siena, ou Strada ou Palio Weekend de depois de 2004, e que queria ter comprado um Idea, acaba ficando feliz quando entra dentro do carro. Todos eles tem o mesmo painel. Identico, quase cópia. Ah! se o painel da Idea fosse um pouco mais baixo . . . A diferenciação só começou um 2011, quando a Idea teve uma reestilização e ganhou novo volante.
O Ford Ka havia sido lançado a 10 anos, ou seja, estava mais do que na hora de ganhar uma nova geração. E no final de 2007, foi lançada a tão esperada nova geração, que nós até consideramos um futuro clássico brasileiro. No caso do Ka, não é uma peça ou outra compartilhada, são 85% de todas elas. Não importa o ângulo, você encontra uma peça de outro Ford: de frente temos o para-brisas, dos lados as portas do Ka antigo (e que na versão Class tem aquele adesivo dos Fiesta's mais top) e as rodas do finado Fiesta Supercharger, na traseira há a régua da placa do Fiesta Sedan, e por dentro, temos a alavanca de câmbio, botões do painel, alavanca de seta/limpador dos vidros e saídas de ar da EcoSport. Ah! a caixa de direção do Fiesta é diferente da da EcoSport, mas o Ka usa-a. E falando da parte mecânica, a parte dianteira do chassi é do Ka antigo e a traseira é do antigo Fiesta Street.
O Duster é o SUV da linha Renault. O Sandero é o hatch (e o Logan, o sedan). Essa linha de compactos espaçosos e baratinhos, é conhecida pelo corte de custo no projeto. No começo o Logan tinha retrovisores externos iguais, apenas invertidos, e este e o Sandero também tinham os botôes do vidro elétrico no painel. Ou seja, seguindo a filosofia Renault de corte de custos, todo gasto extra deve ser analisado, e se possível, cortado. E na hora em que os engenheiros estavam fazendo o Duster, apareceu a brilhante idéia de usar as portas dianteiras do hatch, afinal era só aumentar a produção delas, do que criar mais uma linha de montagem pro Duster. E assim, a brilhante idéia da equipe de corte de custos, acabou desagradando os designer's, que tiveram que deixar o Duster com aquele tosco vinco em forma de meia-lua (e que não combina com os vincos dos para-lamas).
E não é só nas terras de pobre que acontecem empréstimos. Os gordos americanos preguiçosos, na hora de fazer uma reestilização no Jeep Compass, o menor SUV da marca, o grand Cherokke teve que emprestar seus olhos para o irmão menor. Mas não vou falar muito não, por que eu acabei vendo como era a frente antiga do Compass, e quase passei mal . . .
Na Europa, a Peugeot tinha de 2004 a 2009 uma microvan de 2 portas corrediças, o 1007. Aqui no Brasil, a recém-reestilizada linha 207 ganharia uma versão picape em 2009. A idéia da equipe de corte de custos, foi de usar as lanternas da quase-morta 1007 na picape (que usa também a parte traseira do chassi do furgão Partner). E assim veio junto o friso acima da lanterna, que no hatch tem o trilho da porta corrediça, que na picape podia até melhorar o visual pesado se não estivesse presente.
Eu não lembro ao bem como era a história de vida da Mitsubishi no Brasil, mas lembro que li um texto falando que ela não podia produzir carros por aqui, que fossem diferentes dos modelos na matriz no japão. Foi em um texto de avaliação do TR4 na época de seu lançamento. Só sei que a reestilização do jipe foi feita meio que "ilegalmente" por aqui, e ficou tão perfeita, que a Mitsubishi do brasil ganhou o direito de produzir o modelo, e se tornou "independente" da japonesa. E como era um feito "ilegal", algum corte de custos tinha que acontecer pras coisas fluírem mais rápido. E eis que surgem os faróis do Airtrek, que havia acabado de falecer na época.
A Autolatina foi a união da Ford com a Volkswagen no Brasil, e gerou muitos carros iguais, como Pointer, que nasceu da base do Escort. Um Volkswagen deu origem a um Ford também: o Santana Quantum, virou o Ford Royale. Sim os carros da Autolatina eram basicamente uma troca de emblemas nas carrocerias, mas eles conseguiram diferenciar tão bem as traseiras destas duas, que eu quase não conseguir ver que eram a mesma tampa do porta-malas. A alemã tinha lanternas verticais, enquanto a americana tinha uma lanterna horizontal que invadia a tampa, assim como um adesivo preto fosco (que era bem sem noção também), unindo a terceira janela e o vidro traseiro. A Autolatina não durou muito: foi de 1989 até 1994. A separação deixou a Ford sem compactos, já que ela planejava criar o Ford Festiva, um compacto com a plataforma do Gol bolinha.
Os russos, sempre lokões de vodka, também deram um jeitinho de cortar os custos na hora de projetar o Laika (2104 sedan e perua, como são conhecidos na Rússia). O sedan e a perua usam a mesma lanterna traseira, apenas com as posições trocadas (a direita vai pra esquera e vice-versa), e viradas na vertical.
Nada a ver, as lanternas são totalmente distintas!!!
ResponderExcluirAs lanternas de quem ?
Excluiras lanternas do lada laika não cabem no lada laika sw ...... tenho lada laika em casa nada a ver a informação
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