A celebrada lei que torna obrigatórios airbags e ABS nos carros nacionais deve reduzir o número de mortes no trânsito, mas colocou em risco a sobrevivência de um dos segmentos mais queridos do acizentado mercado brasileiro: as réplicas de esportivos.
Segundo a lei aprovada em março de 2009, todos os carros produzidos a partir de 2014 deverão ser equipados com airbags e ABS, e isso inclui as réplicas, buggies e demais veículos produzidos artesanalmente em série limitada.
Agora os fabricantes destes veículos precisam tentar convencer o Departamento Nacional de Trânsito a revisar a decisão e conceder uma exceção à essa obrigatoriedade, uma vez que os modelos produzidos são baseados em projetos antigos, que simplesmente não comportam uma instalação de airbags.
Em países como os EUA e a Alemanha as réplicas devem apenas atender às normas de segurança da época do projeto original, mas no Brasil não há tratamento diferenciado para esse tipo de carro devido a uma bizarrice da legislação brasileira, que trata um construtor artesanal da mesma forma que uma multinacional com alto volume de produção.
Isso esbarra também na questão dos hot rods, que devido à exceção aberta aos modelos antigos de placa preta, são uma espécie de renegados foras-da-lei sobre rodas.
Os fabricantes e o Denatran precisam ser rápidos, algo difícil quando se envolve a burocracia brasileira. Faltam exatos 400 dias para 2014. Talvez os últimos 400 dias das réplicas brasileiras.
Vamos torcer.
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