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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Presidente da Fiat/Anfavea parece estar com medo da Jac Motors

Bom, parece que o o tempo fechou lá nas terras de cima. A questão da nacionalização dos carros produzidos no Brasil já está esquentando as coisas na indústria nacional.

No domingo passado, Cledorvino Belini, presidente da Fiat e da Anfavea, disse à coluna Mercado Aberto, da Folha de São Paulo: " A Jac Motors disse que vai fazer uma fábrica na Bahia com 900 milhões de reais. Fico pensando, mas nós somos idiotas aqui. Gastei R$1 bilhão para fazer um carro (o novo Palio), e o cara vai fazer fábrica e produto? O diferencial é o índice de nacionalização."


Isso, depois dele dizer que "trabalhamos com índice de nacionalização muito alto e quem está chegando está pensando em índice baixo."


Em resposta, o presidente da Jac Motors, Sérgio Habib disse: "Faltou ética e verdade na declaração de Cledorvino belini,, que, além de presidente da Fiat, é também presidente da Anfavea, representante das montadoras. Nós também seremos sócios da Anfavea." Continuou dizendo: "Ele desmereceu os chineses, nivelou todas as marcas por baixo ao dizer que não pensamos em respeitar a legislação nacional. E é melhor produzir no brasil, do que no México e trazer para o país."


Para Sérgio habib, a lei que beneficia o México é incoerente, justamente porque naquele país, pode-se produzir com apenas 30% de nacionalização, enquanto no Brasil o mínimo é 65%. Além disso, os carros do México não pagam IPI maior e imposto de importação. Para a Jac, sem uma regra de transição que comece em 25, e vá evoluindo até os 65%, será inviável produzir no país.




Sérgio Habib ainda diz que o governo pretende dar uma resposta à essa regra ainda no primeiro trimestre de 2012, e sem essa definição, nem a terraplanagem da fábrica da Bahia vai começar. E de acordo com Habib: "Se a lei não mudar , melhor ter uma fábrica no México", e referindo-se a Fiat: "Se a Fiat gasta 1 bilhão em um único projeto, é por isso que o carro brasileiro é o mais caro do mundo."

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