Páginas

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"Tem sujeira no ar"

Cá estava eu a editar o próximo post e eis que vejo algo chamativo no facebook. A foto e o texto é de autoria de Aguinaldo Rodrigues Neo, proprietário de uma moto Kasinski Comet 250, completamente indignado com o pessoal do CONTROLAR situado no bairro Barra Funda em São Paulo. Segue o texto abaixo:

A moto de Aguinaldo e o laudo reprovando a moto.

Muito bem, hoje eu fui fazer a primeira vistoria no CONTROLAR Barra Funda desta moto da foto, que está com 4.000 km, adivinhem: REPROVADO!!!

Motivo alegado: rotação do motor, notem no laudo que a moto está com índice de poluição 50X, eu disse “50X” (vezes) abaixo do limite, além de estar em todos os outros itens bem abaixo destes limites, só uso gasolina Podiun, e uso óleo do melhor que tem. Indignado com a explicação do supervisor Pedro da Controlar Barra Funda que me disse simplesmente" boa sorte na próxima vez" chamei a polícia, os policiais me disseram que são chamados a este local várias vezes ao dia, que realmente as pessoas ficam indignadas com essas reprovações, mas que infelizmente nada poderiam fazer.

Depois disto tudo resolvi divulgar na internet, que alguém explique a esses profissionais que esta moto é injeção eletrônica, que o computador dela é que controla a marcha lenta, que no manual dela está escrito que o RPM médio em marcha lenta é de 1500 RPM, que se a moto for desligada por um longo período de espera (como aconteceu no local a mando do inspetor) que ela ao ser ligada automaticamente aumenta a rotação para não morrer por estar mais fria que a normalidade de trabalho, que minha moto é nova, não poluí (conforme laudo) e não tem barulho algum.
Já haviam me alertado que realmente existe uma máfia por trás deste CONTROLAR, mas eu realmente não queria acreditar, é arrecadação pura nas costas de nós cidadãos que procuramos ter a dignidade de andar conforme as leis.

Meus amigos, eu proponho uma mobilização na internet contra esta máfia, vamos denunciar, vamos levar à imprensa, não vamos ficar quietos e deixar que a ARRECADAR (CONTROLAR como querem chamar) faça isso com nossa população, mostre, leve ao conhecimento das pessoas essa indignação, e que eles tenham um pouco de conhecimento sobre as novidades tecnológicas, é inadmissível ser punido por não poluir!

VIVA CONTROLAR BARRA FUNDA
não gostaria de rimar, mas vocês arrecadam e eu levo na...!

Simplesmente revoltante. Fica aqui o nosso dever de manter todos informados, afinal nem só de zoações e trollagens vive o blog ;D

Se alguém da CONTROLAR tiver algo a esclarecer, o blog estará a disposição.

Pôneis nascem em navio ?

Dúvida séria paira no ar. A Hyundai Caoa do Brasil divulga em seu site e apregoa em publicidades pelo Brasil que o modelo Veloster, com motor 1.6 16V GDi desenvolve 140cv de potência. Depois do Veloster, acaba de chegar às concessionárias o Elantra, que, segundo a importadora, tem motor 1.8 de 160cv. No entanto, comparando-se as fichas técnicas dos modelos comercializados no Brasil com as dos vendidos em outros países da América Latina e as dos existentes nos mercados da Europa fica uma diferença de 10cv, para menos, nos dois modelos. Nem os vendedores sabem ao certo o correto, cada um passa uma informação diferente. A suspeita é motivo de mais uma investigação preliminar do Ministério Público de Minas Gerais envolvendo a Hyundai Caoa do Brasil.

O Veloster lançado no Salão de Detroit em janeiro estreou com motor 1.6 16V GDI (Gasoline Direct Injection), de 140cv. O estilo arrojado foi amplamente propagandeado em peças que adiantavam também detalhes técnicos, incluindo a potência de 140cv. Mas, como se tornou costume entre os carros sul-coreanos vendidos por aqui, o motor chegou na versão com injeção multiponto, com potência menor, de 128hp (o equivalente a 130cv), como apontam as fichas técnicas do Veloster vendido na Colômbia e Chile. Dentro do rendimento gerado pelo mesmo motor em outros modelos do grupo Hyundai-Kia, como ocorre nos Kia Cerato e Soul, ainda que o segundo seja flex. No caso do Elantra, o motor é o mesmo usado em mercados maduros, o 1.8 16V de 150cv. Só que a cavalaria é anunciada como 160cv, o que já indignou consumidores que mal acabaram de adquirir o recém-lançado sedã médio.

REVOLTA A necessidade de mais espaço fez o advogado Danilo Alves Muniz, de 26 anos, vender seu Audi A3 2002 e encomendar um Hyundai Elantra na concessionária Caoa, na região da Pampulha, em Belo Horizonte no dia 16 de setembro. Na ocasião, a revendedora informou que o motor do carro seria um 1.8 16V com 148cv de potência. O advogado relacionou os itens que, segundo o vendedor da Caoa, constam no modelo como originais de fábrica e elaborou um documento, que foi assinado pelas duas partes, garantindo a entrega naquela condição. Ao pegar a nota fiscal, Danilo teve uma surpresa, inicialmente agradável. No documento estava marcado que a potência do motor é de 158cv. Ao acessar o site da montadora, outra surpresa: dessa vez a Hyundai informava que o modelo importado para o Brasil tem motor de 160cv. “Isso merece uma apuração para investigar o motivo de tantas diferenças nas informações”, diz. Porém, o que deixou Danilo mais chateado foi o fato de o seu carro ter chegado ao concessionário e ter sido exposto no show-room por alguns dias sem que ele fosse comunicado.

A estratégia de documentar as informações no ato da compra também foi adotada pelo advogado Denis Nicolini, de 25 anos, que comprou um Veloster na concessionária Caoa de São Paulo. Ele garantiu o negócio com 10% (cerca de R$ 7,5 mil) de sinal depois de ouvir da vendedora que o lançamento da Hyundai viria com oito airbags, bancos dianteiros elétricos, DVD e GPS integrados ao painel, além de motor de 145cv com injeção direta. Mesmo com o documento assinado pela Caoa garantindo tais itens, o veículo foi disponibilizado sem eles. Além disso, até a nota fiscal foi rasurada, com a troca da potência de 145cv para 140cv. “O que me deixou mais indignado é que troquei meu i30 por um carro que esperava ser mais potente, mas que na verdade é mais fraco que o antigo”, explica. Ao tentar desfazer o negócio, o advogado foi informado de que o valor do sinal ficaria com a Caoa. Atualmente, está em negociação para compensar os danos, mas mantém a ideia de levar o caso para a esfera judicial.

SANTO ETANOL A Hyundai-Caoa limitou-se a assumir em nota oficial que o Veloster é de fato vendido com motor 1.6 DOHC sem injeção direta e transmissão Shiftronic automática de seis marchas. Mas, em relação aos dados de potência, afirma que os números são “referentes aos testes realizados e certificados no Brasil na qual o veículo é abastecido com gasolina nacional que contém um percentual de etanol, podendo haver oscilação no número quando comparado aos testes feito fora do País”. Segundo engenheiros consultados pelo Vrum, o ganho de potência é de 2 a 3% nestas situações, ou seja, pouco mais de 4cv. Como cavalos não se criam em navio, fica a dúvida se seria diferente com os Hyundais importados.

sábado, 29 de outubro de 2011

Vende-se Audi . . .

Encontramos um anúncio inusitado, com um dos primeiros veículos da Audi, dos tempos que ainda se usava tração animal, confira:

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mitsubishi lança o novo Lancer no Brasil com motor 2.0 de 160 cv.

O Mitsubishi Lancer 2.0 2012 acaba de ser lançado no Brasil em três novas versões: 2.0 MT, 2.0 CVT e 2.0 GT. O modelo chega com preço a partir de R$67.990.

A proposta da Mitsubishi é oferecer um sedã médio com DNA de competição como diferencial no mercado brasileiro.

O Mitsubishi Lancer 2.0 2012 traz um motor 2.0 16V com 160 cv e 20 kgfm, oferecendo transmissão manual de cinco marchas ou automática CVT com seis posições e Paddle Shifts no volante.

O modelo pode entregar rodas de liga leve aro 18, sensor de chuva e crepuscular, controle de cruzeiro, sete airbags (somente GT), ABS/EDB/BAS, ar condicionado automático, trio elétrico, keyless, entre outros itens dependendo da versão.

O Mitsubishi Lancer 2.0 2012 está disponível em seis cores: Cool Silver , Warm Silver, Red Metallic, White Solid, Titanium Gray e Black Mica.

Abaixo, preços do Mitsubishi Lancer 2.0 2012:

Lancer 2.0 2012 MT – R$67.990

Lancer 2.0 2012 CVT – R$73.990

Lancer 2.0 2012 GT – R$85.990

Lancer 2.0 2012 GT (xenônio/retrovisor eletrocrômico) – R$89.990

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Chana muda nome e passa a ser Changan

Com mais de cinco anos de atuação no mercado brasileiro – estreada no Salão de SP, em 2006 –, a até então Chana mudou de identidade e passa a se chamar Changan, conforme um anúncio de representantes da marca no País nesta segunda-feira (24), durante a 18º edição da Fenatran.

“Ao contrário dos comentários iniciais sobre o nome, entendemos que o consumidor brasileiro aceitou muito bem os veículos da China. Mas é chegado o momento da mudança”, declarou Abdual Ibraimo, presidente da distribuidora oficial da Changan no Brasil, Tricos Districar.

Na china, a Changan é a maior montadora de miniutilitários do país asiático, e é a empresa chinesa proprietária da Chana e Hafei Motors.

Atualmente, a linha de modelos da fabricante chinesa é composta pelos modelos Star e MiniStar, com versões que vão de carroceria cabine simples à furgões. Os motores que equipam os utilitários é um 0.9 8V a gasolina de 53 cv e 1.3 8V de 81 cv, também a gasolina, respectivamente.

Ah, se a prova do ENEM fosse assim . . .

screenshot_02
ENEM 2011 – Leia atentamente as questões – Uma resposta por questão
Gabarito no final da página

Automóveis e suas tecnologias

Questão 01

enem

Identifique o sujeito na oração da frase abaixo:

“Gelei ao atingir a velocidade de 388 km/h. Você vê tudo borrado, dá um funil na mente”

a) Eu (sujeito elíptico)
b) Indeterminado
c) Jeremy Clarkson
d) Não existe
e) A questão não fornece que carro chegou a esta velocidade.

Questão 02

Faça a associação do número com a respectiva fábrica de automóveis:

enem1

a) 1 – BMW; 2 – Lotus; 3 – Volvo; 4 – Chevrolet
b) 1 – Chevrolet; 2 – Fiat; 3 – Ford; 4 – JAC
c) 1 – Volkswagen; 2 – Renault; 3 – Troller; 4 – Nissan
d) 1 – Chevrolet; 2 – JAC; 3 – Fiat; 4 – Ford
e) 1 – Aston Martin; 2 – Gurgel; 3 – Shineray; 4 – Audi

Questão 03

A foto mostra:

89167078

a) Falta de capacidade de raciocínio do ser humano
b) Volkswagen Golf customizado
c) Utilização de bambu no body-kit
d) Customização por Chip Foose
e) Rodas aro 22"

Questão 04

TEXTO I
Com a chegada do projeto Ônix, Celta, Prisma e Classic não morrerão de surpresa. O Prisma dura até 2013. Já os dois populares estarão disponíveis por mais um ano.” (Jaime Ardila)

TEXTO II
Enquanto o compacto a ser produzido em Goiana (PE) em 2014 não fica pronto, a Fiat tem como representante no segmento popular o Mille, custando a partir de R$ 23 490” (Site automotivo)


Os textos apresentam em comum:

a) O interesse das montadoras em oferecer aos consumidores veículos modernos.
b) O desprezo pelas montadoras aos carros com muitos anos de existência.
c) Os planos cada vez mais parecidos das montadoras de veículos.
d) O interesse das montadoras de atrair compradores de patins e passageiros de ônibus.
e) As montadoras não renovariam seus carros, não fossem as normas mais rígidas de 2014.

Questão 05


PÔNEI MALDITO, PÔNEI MALDITO, VENHA COM A GENTE ATOLAR

O objetivo básico da campanha é:

a) Atrair compradores de picapes médias.
b) Conseguir uma fatia maior do mercado brasileiro.
c) Mostrar o quanto a propaganda brasileira carece de inteligência.
d) Agradar às meninas que brincam de bonecas.
e) Mostrar que as picapes tem seu desempenho prejudicado com gasolina batizada (Petrobras)

Questão 06

Um carro contemporâneo, que contém fortes elementos contrastantes de modelos da década de 1950, é:


a) Citroën DS3


b) Volkswagen Beetle


c) Chevrolet Celta


d) Mitsuoka Galue


e) Jeep Wrangler


Questão 07

Quanto dá a(3b − 25) + c353(c(a222 + 409b − 11744)) x 396 , sendo a = 4722; b = 7 trilhões e c = 44 elevado ao infinito?


a) A potência real do motor AP da Volkswagen
b) Impossível
c) 1
d) Fatorial de 40³
e) 206

Questão 08

Descreva o melhor gráfico que relaciona o número de polêmicas em que o grupo CAOA esteve envolvido:





Questão 09

Entre as alternativas, a única que apresenta relação CORRETA entre trecho e estado é:

a) Indianápolis – Estado: Alasca
b) Nurburgring – Estado: Riviera
c) Nardo – Estado: Bavária
d) Interlagos – Estado: Rio de Janeiro
e) Régis Bittencourt – Estado: Muito esburacada

Questão 10

No gráfico abaixo, as cores indicam as participações de determinada marca em uma região.


Vermelho – Pagani
Marrom – Hyundai
Cinza – Porsche
Azul – Honda

O gráfico se refere a que local do mundo?


a) Piauí
b) Mônaco
c) Dubai
d) Miami
e) Haiti

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Com base nos seus conhecimentos, produza uma redação de no máximo cinco linhas sobre o tema:
O aumento do IPI para carros importados e seus reflexos no Brasil”.


GABARITO
01 c
02 b
03 a
04 e
05 c
06 d
07 a
08 c
09 e
10 a

E aí? Gabaritou? Zerou a prova?

Entendendo um pouco a confusão dos câmbios

Dias atrás um amigo meu, Marcos, pediu minha opinião sobre a compra de um sedã médio. Fiquei surpreso com a confusão que ele fez com os diferentes tipos de transmissões disponíveis no mercado! E olha que ele nem é tão leigo assim.

Até entendo, uma vez que até há poucos anos só se ouvia falar em dois tipos de transmissão, vulgo câmbio: manual (também chamado mecânico) e automático (que alguns chamavam de “hidramático”).

Pra que serve o câmbio (ou transmissão)?

Começando pelo básico: a função da transmissão é tranferir o torque (força do motor) para as rodas do veículo. Para que isso seja possível, o câmbio usa uma escala de marchas, da mais baixa para a mais alta para ter um melhor aproveitamento do torque, conforme as condições de utilização do veículo encontradas. As marchas podem ser trocadas manual ou automaticamente.

Transmissão Manual

No sistema manual existe a embreagem para desconectar as rodas do motor, pois o motor gira o tempo todo, mas as rodas podem não estar girando ou girar em rotações muito diferentes da rotação do motor. E isso tem que acontecer sem que o carro morra ou apague.

Quando acionada no pedal esquerdo, as rodas ficam livres e o motorista pode passar a marcha, reduzindo-a ou aumentando-a. Quando se solta o pedal, a embreagem já estará emgrenada (engatada) e permitirá que o sistema de transmissão, formado ainda por diferencial, transmita a força para as rodas na dosagem certa.

O sistema de embreagem é composto basicamente por 3 componentes principais: Disco (volante do motor, de aço), Platô (feita de material bastante aderente,similar ao das pastilhas de freio) e a Mola, que em carros de passeio é do tipo cônica (como um chapéu chinês). Cabo de aço, rolamento e garfo, entre outros são componentes secundários.

Cinco marchas a frente se tornou o padrão por muitos anos. No entanto, já existem vários câmbios manuais de 6 marchas, mesmo no Brasil. E a Porsche apresentou recentemente um de 7. Com exceção de caminhões, que podem oferecer mais de uma marcha à ré, nos veículos de passeio há só uma.

Transmissão Automática

Em uma caixa automática tradicional, as marchas são literalmente engrenagens (como as de um relógio desmontado). A combinação das engrenagens, que se interligam, cria todas as diferentes relações de marchas que a caixa pode produzir. Normalmente de quatro a seis marchas a frente e uma a ré.

Quando nesse tipo de câmbio as marchas vão sendo trocadas, o motorista pode eventualmente perceber pequenos trancos a cada troca. Já existem no mercado câmbios automáticos com 8 marchas a frente. Um de 10 está sendo desenvolvido pela Hyundai. Assim como nos carros com câmbio manual, apenas uma marcha à ré é o padrão adotado.

O que caracteriza um câmbio automático é o conversor de torque. Ele é o componente do câmbio automático responsável pela transmissão inicial de força para os demais sistemas internos da caixa de câmbio. Os componentes internos do conversor são rolamentos, turbina, catraca e bomba.

O conversor de torque é o item mais caro da transmissão. Sua substituição ou reparação pode custar entre R$ 6 mil e R$ 10 mil reais. Mesmo num carro nacional, já que o item geralmente é importado.

Automático Sequencial

No fim da década de 1990, com o lançamento do segundo modelo do Passat alemão no mercado brasileiro a mesmice das transmissões começaria a mudar. O modelo vinha com a transmissão automática do tipo sequencial com 5 marchas que a Volks batizou como Tiptronic, que permitia mudanças manuais com toques curtos na alavanca (+ e -).

Vale lembrar aqui que nomes como Hydramatic e Tiptronic não são tipos de transmissão e sim nomes comerciais de um produto.

Um ano depois, em 1999, a Série 3 da BMW seria reestilizada e traria o mesmo sistema, que ela lançou comercialmente como Steptronic . A Chrysler tinha o seu AutoStick, quase igual. A diferença era que os toques (+ e -) eram para a direita e para a esquerda e não para cima e para baixo. Nos Mercedes ainda é assim.

Transmissão Manual com Embreagem Automática e Manual Automatizada

No mesmo ano, a Mercedes-Benz trouxe o nacional Classe A com um sistema inédito de transmissão para o nosso mercado: manual com embreagem de acionamento automático, sem o pedal esquerdo, que ela denominou AKS. Palio, Corsa e Twingo viriam a usar o sistema com outros nomes comerciais.

Nesse sistema, havia um sensor no pomo – ou manopla – do câmbio que reconhecia a mão do motorista, acionando internamente a embreagem, como se um pé esquerdo invisível acionasse o pedal também invisível da frição (embreagem).

Com o fim do cabo de acelerador, substituído por sistema eletrônico (‘drive by wire’), estava pavimentado o caminho para o que viria a ser o manual automatizado lançado pela GM como Easytronic e pela Fiat como Dualogic.

O uso de sensores mais aprimorados conectados entre si e a instalação de uma central eletrônica (computadorzinho) possibilitou que este tipo de câmbio ganhasse um modo “robotizado” que troca as marchas sem a ação do motorista, porém sem a suavidade dos automáticos autênticos com conversor de torque.

Este tipo de câmbio é vendido erroneamente em alguns concessionáros como “automático”. Custa a metade do preço do automático justamente por não ter o conversor de torque. Sua manutenção é também mais barata e consiste na troca do sistema de embreagem, similar ao sistema de um carro manual, com algumas modificações.

Porém GM (Easytronic), Volks (iMotion) e Fiat (Dualogic, o pioneiro) têm diferenças entre si e os componentes podem custar de R$ 680 na VW até quase R$ 2 mil na Fiat.

Não é exclusividade de populares e médios. O Alfa 147 2.0 já teve seu Selespeed e o Mercedes-Benz C 230 Kompressor Sportcoupé já andou de Sequentronic.

No próximo tópico a evolução desse sistema.

Transmissão Manual Automatizada com Dupla Embreagem – a seco ou banhadas em óleo

Na tentativa de agradar a gregos e troianos e oferecer o melhor dos dois mundos (manual e automático), eis que surge para carros de passeio, nos anos 2000, o sistema de dupla embreagem, que a Porsche criou em 1985 mas que por um bom tempo permaneceu restrito às pistas de corrida.

Com respostas mais rápidas e ariscas que um câmbio manual, o sistema de dupla embreagem está se popularizando. Pode ser de dupla embreagem a seco (DDCT do grupo Fiat e DSG da Audi com 7 marchas) e de embreagens banhadas a óleo (DSG de 6 marchas do VW Jetta, DKG e SMG da BMW e PDK da Porsche). Geralmente contam com as borboletas ou paddle shift(er)s para troca de marchas atrás do volante

Os Fiat Linea e Bravo devem oferecer esta caixa em breve.

CVT (Continuously Variable Transmission) Transmissão Continuamente Variável

O tipo mais comum de CVT funciona com um engenhoso sistema de duas polias, que permite uma infinita variabilidade entre a marcha mais alta e a mais baixa mesmo sem relações de marchas pré-definidas (1a, 2a, 3a, 4a etc) como num automático convencional.
Quando uma polia aumenta o seu raio, a outra o diminui para manter a correia tensionada. Quando as duas polias mudam seus raios entre elas, criam um número infinito de relações de marchas da mais baixa até a mais alta.

A maioria das CVTs tem somente três componentes básicos:

  • uma correia de metal ou borracha para alta potência;
  • uma polia de entrada “condutora” variável;
  • uma polia de saída “conduzida” também variável.

As CVTs também possuem vários microprocessadores e sensores, mas os três componentes acima são os elementos-chave que permitem que a tecnologia funcione.

Transmissões CVT podem ser usadas com tração dianteira, traseira ou integral e em motores de baixa a alta potência, como no Audi A6 3.0 de seis cilindros que utiliza a transmissão do tipo CVT com nome comercial de Multitronic. Já na Nissan o CVT recebe o sobrenome Xtronic. Máquinas como motoserras e motocicletas tipo “scooter” também usam CVT.

As transmissões deste tipo não são tão chatas como se supõe. Veja o Fluence, o Mitsubishi ASX e os Audi, por exemplo: oferecem mudanças manuais, como nos automáticos sequenciais. Mas como é possível? Nesse caso as marchas são virtuais, de modo que as polias parem em seis posições programadas, imitando 6 marchas.

Dá para identificar o tipo de câmbio só olhando a alavanca?

No caso dos automatizados nacionais tipo Dualogic da Fiat e iMotion da VW, fica fácil. Não há a posição “P” de Park ou Estacionamento. E as posições “R” de Reverse ou Ré, “N” de Neutral ou Neutro, “D” de Drive ou Dirigir, na Posição Automática, não estão na conhecida sequencia P-R-N-D. E não existe a trava para sair do “P”.

No caso dos automáticos, pode haver uma pequena variação no que vem depois do “D”, como D3, “L” de Low, Baixa(s) que indica marchas mais baixas, redução. Ainda após o “D”, pode vir a sequencia numérica de marchas. Por exemplo, em um câmbio de 4 marchas, ainda muito comum, toda a sequencia ficaria assim: P-R-N-D-3-2-1 ou P-R-N-D-3-2-L. Atualmente a sequencia pára no D e ao lado há um pequeno trilho paralelo para mudança manual (+ acima e – abaixo ou vice-versa).

Menos comum, visto mais em alavancas na coluna de direção, pode vir: P-R-N-D-O. Nesse caso, “O” de Overdrive, que indica que todas as marchas estão disponíveis para uso. Muitas vezes esse modo fica interessante para viagens em rodovias a uma velociadade maior e mais constante sugerindo maior economia.

Outra forma de Overdrive é através de um botãozinho no tronco da alavanca. Acionando-o, o motorista estará desligando o Overdrive e a marcha menor que a máxima será usada.

Recentemente, alguns carros de luxo como Jaguar e Aston Martin aboliram a alavanca e adotaram um seletor giratório redondo que lembra o seletor multimída iDrive dos BMW.

Nesses casos para não frustar quem curte uma redução manual, geralmente existem as aletas, borboletas ou paddle shift(er)s atrás do volante. Recurso criado pela Ferrari em 1989 na F1 e depois oferecido pela Porche e a mesma Ferrari nos carros de Passeio por volta de 1997.

Em matéria de aparência de alavanca, houve um exótico câmbio oferecido nos Alfa Romeo 156, chamado de Q-System (Q de quadra, quadrado, devido à disposição das quatro marchas em forma de um pequeno quadrado, num esquema em “H” que simula o de um câmbio manual). Esse quadrado, no sentido anti-horário continha as marchas 1-2-3 e 4 de relações bem curtas e ficava deslocado para à esquerda. Deslocando-se a alavanca para a direita você tinha um convencional automático (P, R, N e D).

Rejeição aos automáticos

O desejado câmbio automático de hoje era demonizado no passado e tachado como “carro de deficiente”. Hoje todo mundo diz que ama. O que fica fácil quando todo mundo aprova. Em 1999 tive meu primeiro automático, um Honda Civic. E era alvo de inúmeras chacotas.

Está certo que até os anos 1990 as transmissões geralmente tinham 3 marchas. Nos anos 60 houve automáticos americanos com duas velocidades e até mesmo com uma única. Havia uma certa lentidão, muito ruído e trancos fortes. Porém, na América o padrão de trem de força eram os seis e oito cilindros.

No Brasil, depois dos Dodge e Ford V8 e GM 6 em linha, ficamos com parcos quatro cilindros. De fato, guiar um Del Rey CHT 1.6 automático de 3 marchas, com passageiros e bagagem não era a coisa mais prazerosa do mundo.

Considerações Finais

Não se pode dizer que há um tipo melhor ou pior de transmissão, mas uma mais adquada ao gosto ou ao uso de cada motorista. Quanto à economia de combustível, a manual ainda seria a mais econômica. Em seguida as CVT, as automatizadas e por último as automáticas.

Automáticos e automatizados deixaram de ser coisa de popular. Quase todo superesportivo utiliza este tipo de transmissão atualmente.

E o câmbio manual, que para os puristas sempre foi sinônimo de esportividade, também está deixando de ser unanimidade. Prova disso é que a partir de 2012 a Lamborghini não irá mais oferecer câmbio manual em seus modelos. E você, leitor, o que prefere? E qual tipo de câmbio não compraria? Até breve! Câmbio, Desligo.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Fiat 500 ganha Top Safety Pick do IIHS nos Eua

O Fiat 500 acaba de ganhar nos EUA um importante prêmio, o Top Safety Pick da IIHS. O pequeno italiano teve sua segurança elogiada pelo instituto americano.

Ele conseguiu boas avaliações no atual modelo, visto que as unidades produzidas antes de agosto 2011 apresentaram resultados apenas razoáveis.

Graças às modificações feita pela Fiat para reforçar a segurança do Fiat 500, os resultados melhoraram bastante.

Isso deve ajudar o pequenino nas vendas dentro do mercado americano, que até agora foram abaixo do esperado pela Fiat.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Adeus geração mulher do New Beetle

Bom, é isso. Minha mãe vai continuar sem seu New Beetle 0km. A geração atual (ou antiga, sei lá) deixou de ser exportada pro Brasil já tem um mês e meio, e já não pode mais ser encontrado em grande parte das concessionárias Volkswagen como 0km. A nova geração tirou o lugar deste na linha de montagem em Puebla, no México, e foi apresentada no Salão de Xangai ano passado.
O novo Beetle, que provavelmante deve chegar ao Brasil como Fusca, aparece em 2013, e trará o conjunto mecânico do Jetta Highline: motor TFSi 2.0 20V de 200 cv e câmbio DSG de dupla embreagem e 6 marchas (não vá dizer que você esperava um motor traseiro a ar ?).

Chevette Big Foot apanhando do barranco

Vai ver, esse aí é o da Vera . . .

sábado, 15 de outubro de 2011

Nissan Versa será lançado este mês

Poucos dias após o lançamento do March, no final de setembro, a Nissan anunciou para novembro o lançamento do sedã Versa ao Brasil, mas pelo visto a Nissan se antecipou, e o evento acontecerá no próximo dia 20. O modelo também é derivado da plataforma V e também vira importado do México.

Ele chegará equipado apenas com o mesmo motor 1.6 16v de de 111 cavalos e torque de 15,1 mkgf disponível para as versões mais caras do March, e com câmbio manual de 5 marchas, com preços abaixo dos R$ 36 mil. Ele poderia contar de série com ar-condicionado, airbag duplo, direção elétrica e trio elétrico.

Nos Estados Unidos, onde é vendido há alguns meses, o Versa é o carro mais barato disponível, custando pouco mais de 10 mil dólares, e ainda substituiu o Tiida Sedan. Por aqui os dois ainda irão conviver por algum tempo, o que se justifica pelo fato de o Tiida ser maior e mais potente, e tenha preços partindo dos R$ 44,5 mil.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Outra maneira de escapar de um acidente com classe

Se você achava Máquina Mortífera, MacGyver e Duro de Matar grandes e divertidas marmeladas cinematográficas envolvendo tiras durões e meio canalhas, é melhor rever seus conceitos. Este vídeo prova que policiais habilidosos e indestrutíveis existem de verdade (ao menos nessa cidade da Bielorússia…). E ainda chamam ajuda like a boss!.

Pininfarina não vai mais fabricar carros

A Pininfarina jogou a toalha depois do fechamento da fábrica de Udevalla, onde ela produzia em conjunto com a Volvo o C70.

Com a decisão sueca de acabar com aquela planta, a Pininfarina e também a Volvo tiveram que arcar com a demissão de 127 funcionários, gerando um gasto de €2,9 milhões.

Como já andava mal das pernas, o estúdio de design resolveu que sua carreira daqui para frente será apenas nas pranchetas de desenho.

Parece que tal decisão tenha sido feita por pressão dos investidores, tal como a Bolloré. A empresa francesa tem um acordo com a Pininfarina para o desenvolvimento do elétrico B0.

De qualquer forma, o estúdio ainda está em plena atividade, apesar das dívidas. Especula-se que indianos e chineses estejam interessados em adquirir o controle da empresa.

Pop 100 vs shineray

Essas bixeiras são tão lerdas que a manolada acaba tirando racha dentro da lei! Repare na dificuldade que eles tem pra ultrapassar o Fiat Mille!

Hyundai dará a porta que falta ao Veloster

Irei expressar a minha vontade de falar palavras ofensivas, de um modo menos ofensivo. A hyundai irá fazer um Veloster 4 portas. É mais para o mercado britânico, mais pode se expalhar pelo mundo. Agora, por que o carro de 3 portas terá 4? Acho que não preciso dizer mais nada.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Chevrolet TrailBlazer 2012, a nossa futura Blazer, tem primeiro teaser oficial divulgado

A Chevrolet revelou oficialmente na tarde de hoje (12) o primeiro esboço oficial da próxima geração do TrailBlazer, SUV baseado na Nova Colorado que dará origem à nossa futura Blazer. O lançamento do modelo está marcado para o Salão Internacional de Dubai, que acontece em 10 de novembro nos Emirados Árabes.

A imagem foi propositalmente ofuscada para não revelar o visual do SUV, mas ainda assim é possível notar laterias com linhas semelhantes às da picape e o posicionamento horizontal das lanternas, que provavelmente contarão com LEDs. Segundo a GM, as vendas começam no início de 2012 na Tailândia e logo depois nos demais mercados.

A Mercedes foi das flechas às clavas

Pense naquela coleguinha do jardim de infância pela qual você sempre foi apaixonado, mas que nunca te deu bola. Ela está longe do seu alcance. Impossível. Mesmo assim, você não consegue se furtar ao prazer de deixar seus olhos admirarem o que de mais bonito nosso senhor colocou na terra. Os anos passam e você de repente reencontra aquela pessoa. E esfrega os olhos. Difícil acreditar que é ela. As formas e o jeito peculiar ainda estão lá, mas tem algo destoando do conjunto. Você ainda sente uma quantidade extra de saliva se formando, mas sabe que algo está dando errado.

Esse parágrafo quase melodramático serviu para ilustrar o que eu sinto pela Mercedes-Benz. Até pouco tempo atrás, costumava parar na rua para admirar qualquer carro da marca que passasse. Para mim, era impossível ignorar as formas longilíneas e sensuais, que pareciam ser um prolongamento do ar em movimento.

Mas tudo começou a mudar em 2006.

Foi quando o Classe S recebeu uma nova geração. Imediatamente pensei num mini Maybach. Superado o choque inicial, eu percebi que algo drástico estava acontecendo. Era uma nova tomada de direção. Uma renovação. Repeti para mim mesmo: Toda renovação é bem vinda mesmo que no início cause alguma estranheza, veja o que aconteceu com a BMW quando Chris Bangle assumiu a chefia do design!

Entretanto, quando a atual geração do Classe C chegou, por volta de 2008, coloquei a mão sobre o meu peito, segurei as lágrimas e suspirei docemente: o que diabos é isso? Alguém estava fazendo uma piada muito, muito sem graça com a minha marca favorita. No lugar do lindo e fluido design tinham colocado uma coisa truncada, com uma traseira caída, ar atarracado e proporções fora de prumo.

E a coisa só fez piorar. Eles mexeram no que era intocável, o SL, a Vênus em forma de carro. Lá veio de novo a frente de trator, os faróis desengonçados e aquele jeito de vincos forçados, sem naturalidade. Foi como se tivessem colocado a Adriana Lima na mesa de cirurgia e piorassem o resultado.

Mas o golpe do martelo estava por vir. Com seus faróis confusos, retrovisores medonhos, janelas quadradas e traseira sem imaginação, surgiu em 2009 a nova geração do Classe E, nada menos que o carro mais importante da marca. Olhos graciosos e cintura fina de um lado, olhos repuxados e queixo duplo do outro. Eu só conseguia imaginar minhas mãos ao redor do pescoço de Gorden Wagener!

De tudo isso que eu acabei de escrever, você pode dizer que beleza é subjetiva, que estou enganado e que os carros continuam bonitos. Mas veja só: depois de o Grupo Daimler anunciar prejuízos bilionários em 2009 (cerca de 2,64 bilhões de euros, de acordo com a própria Daimler), a Mercedes foi superada em vendas pela Audi no ano seguinte (acontecimento histórico), sendo remetida para o terceiro lugar da tríade alemã, já que a BMW ocupa o lugar mais alto. Qual a razão disso? A qualidade dos carros continua a mesma. O conforto ainda é quase insuperável. O vanguardismo tecnológico está mais ativo do que nunca. A confiabilidade da marca não diminuiu nem uma linha. Então, qual é o problema?

Agora observe os fascinantes “olhos de serpente” do A8 e a elegante cintura do Série 7. Isso mesmo, amigo. Embora seja uma idéia quase ininteligível, a encruzilhada insolucionável para a equipe da Mercedes pode ser de fato a estética.

Num patamar mais baixo, veja o que houve com a Hyundai:

As grandes grifes automobilísticas procuraram a reinvenção como maneira de fugir do plágio descarado dos asiáticos. No que se refere a japoneses e coreanos, essa época passou. E se você é do tipo cem por cento otimista e gosta de ver o lado bom o tempo todo, posso dizer que a Mercedes está no caminho certo para evitar ser copiada. Se os carros continuarem do jeito que estão, ninguém vai querer fazer nada nem parecido!

De qualquer forma, acredito em finais felizes, e uma notícia recente pode ser a solução para transformar de volta as clavas em flechas prateadas: a Aston Martin, dona dos carros que figuram ano após ano na lista dos mais bonitos do mundo, vai desenhar os carros da capenga e moribunda Maybach, marca do grupo Daimler. Pode ser a chance da Mercedes beber um pouco da fonte da supremacia inglesa da beleza.

E se essa parceria não der certo, então eu vou desistir de vez dessa paixão de infância – e adotar a Scarlett Johanson como referência visual que promete nunca me decepcionar.

Motociclista leva tombo a 107 km/h, e é multado por excesso de velocidade

Um motociclista suíço que viajava pela zona rural do país esperava evitar a suspensão de sua licença acionando os freios com força ao se aproximar de uma câmera a mais de 110 km/h em uma zona com limite de 80 km/h. Deu certo… ou quase isso. Ele estava a “apenas” 107 km/h quando o aparelho capturou seu corpo deslizando pelo asfalto.

A polícia acredita que Boris Maier, 38, sabia que se fosse flagrado andando a mais de 30 km/h acima do limite teria sua carteira cassada, e acabou perdendo o controle da motocicleta ao tentar reduzir.

Quando a câmera finalmente clicou, seu corpo – e não a moto – foi registrado deslizando a 107 km/h. Meier sofreu apenas alguns ralados e hematomas. A câmera também capturou o número da placa, então ele acabou sendo multado.

Valeu a pena, Boris?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Argh.

Ele possui a elegância e a discrição de um urso marrom andando de bicicleta. O estilo de um filho criado pelo Tiririca como pai e o Falcão como tio. A performance de um emo anêmico em uma academia de boxe tailandês. Senhoras e senhores, apresento-lhes o maior caixão funerário que já vi na vida: o Ssangyong Rodius.

Poucas coisas me incomodam mais que discursos marketeiros para valorizar o produto. Sabe, aquela coisa do "este é um carro racional, feito para maximizar a noção de espaço" (respondendo à feiúra) ou "nosso público não possui o desempenho em mente" (para um carro anêmico e não necessariamente econômico) ou "nossa meta de design era capturar a essência de um iate de luxo" (o que realmente disseram sobre o Rodius).

Surpreendentemente, o gigante coreano não foi feito por um biólogo imaginando o cruzamento de uma X6 com uma Topic, e sim, por Ken Greenley, chefe do curso de design do Royal College of Art, em Londres.

. . . talvez de inspiração cubista, o Rodius consegue unir o fútil ao desajeitado

O Top Gear tem uma lista de elogios ao monolito sobre rodas: o acabamento, "barato e indecente"; performance "lento e enorme"; e comportamento dinâmico "a carroceria inteira sacode de maneira alarmante em piso ruim". Mas as pérolas ficam mesmo na questão de estilo: "coloque as coisas mais bacanas do mundo, empilhadas em uma grande sala. Agora, tire-as fora. Percebeu como o espaço vazio possui exatamente o formado de um Rodius? Isso não é uma coincidência". E "ele é fantasticamente prático, até o momento que você descobre que não consegue colocar seus filhos dentro dele porque todos fugiram assustados".

Claro, nem tudo nele é ruim. O enxerto saliência na porção traseira amplia o espaço para bagagens, e permite um total de até onze passageiros, dispostos em quatro fileiras. Os motores são fabricados pela Mercedes-Benz, seja o 6 cilindros 3.2 a gasolina ou o 5 cilindros 2.7 a diesel, com 217 e 162 cavalos, respectivamente.

Ignore todo o resto (centro de gravidade, visibilidade, mercado, acabamento, desempenho, estilo, praticidade) e você terá um bom veículo em suas mãos. Mas ouvi dizer que há coisas melhores no mercado.

Empresa brasileira compra Hayes Lemmerz

A Hayes Lemmerz é o maior fornecedor de rodas da indústria automotiva. Ela estava sendo vendida, e esperávamos ofertas de chineses, franceses e alemães. Mas, surpreendentemente, brasileiros que levaram ela. A Iochpe-Maxion arrematou a empresa por US$725 milhões, mais US$23 milhões para pagamento de dívidas da empresa, e com isso a receita da empresa mais que dobra.

A história da americana começou na época da produção do Modelo T, onde a empresa fazia as rodas de madeira do Ford. No mercado americano, essa compra surpresa foi como se "um biscoito engolisse um elefante". O negócio ainda precisa ser autorizado pelo governo americano.

Bom, agora os americanos sabem que os biscoitos brasileiros também podem fazer a diferença em sua manada de elefantes. Ainda mais quando eles levantam orgulhosamente suas trombas, tentando esconder que ainda estão de estômagos vazios . . .

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mais uma chinesa quer ser brasileira

Por conta do aumento de 30% no IPI, a Great Wall desistiu de importar seus carros, e vai construir uma fábrica no Brasil. Segundo a CN Auto, que estaria negociando a chegada da marca, ouveram até problemas nas relações entre as duas por conta do acontecido. Juntando isso, com a boa aceitação de JAC e Chery, a Great Wall decidiu que não ia ficar de fora.