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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dez performances esportivas camufladas

Chevrolet Omega Fittipaldi

Apesar dos logos de homenagem ao Emerson, a série limitada Omega Fittipaldi é tão sóbria que ninguém notaria sua presença no meio de alguma comitiva de chefes de estado. O que os políticos nunca vão saber é que por baixo do discreto traje preto há uma sólida plataforma Holden de tração traseira, com motor V6 3,6 de 292 cavalos, capaz de fazer o 0 a 100 km/h em 6,8 segundos. Os motoristas das autoridades agradecem.

Ford Ka 1.6

Se um Ka 1.0 já proporciona muita diversão ao volante, os equipados com motor 1.6 (Action, XR, Black e o atual) exigem respeito em proporção inversa ao visual quase infantil. Estáveis e ariscos, com tendência a sair de traseira no limite e sem ABS na lista de opcionais, dão show em trajetos sinuosos, mas podem fazer os menos experientes passarem vergonha se não souberem dosar.

GMC Sierra

As picapes pesadas da GMC dividem com as Ford F-series o pedestal dos utilitários de macho capazes de transportar toneladas de bacon velozmente pelas imensidões do EUA. Mas ao contrário da F-150, a Sierra não adotou uma versão como a Raptor para exibir publicamente seu V8 de 6,2 litros, 409 cavalos e infinitos 57,6 kgfm de torque. Sem fantasia esportiva, ela empurra suas três toneladas de peso bruto até os 100 km/h em menos de sete segundos.

Mini Cooper

Boa parte dos descolados consumidores atuais dos Mini Cooper não fazem ideia de que possuem na garagem o sucessor de um dos maiores vencedores de rali na década de 60 – e que acaba de voltar às competições na forma dos novos Countryman feitos para disputar o Dakar e o WRC. A receita perdeu um pouco do radicalismo, mas continua fiel: baixo centro de gravidade e rodas nas extremidades, ótimas para o handling.

Chevrolet Chevette

Calma, ninguém está dizendo que o popular Chevettão oferece desempenho de Corsa GSi. Ocorre que, como eu irei explicar mais tarde, esta é provavelmente, a mais acessível plataforma de tração traseira (Fusca não conta) capaz de ser envenenada e se transformar em uma máquina de drifting. O próprio carro original sempre teve características de condução elogiadas – só faltava motor. E suspensão. E freios. Ok, faltava bastante.

Renault Clio 1.6 16V

Hoje extinto, o Clio 1.6 16 V chegou a ser, com seus 115 cavalos a àlcool, o hatch compacto mais potente à disposição, com boa oferta de torque em rotações baixas e altas. Sua inclusão na lista também é um manifesto sobre o descaso e até preconceito com que o mercado tratou nossos carros compactos com cabeçotes de 16 válvulas.

Ford Transit

Uma tia minha dirige uma dessas há 6 messes no Nordeste e diz que a van é surpreentemente rápida para um veículo comercial. Ela chegou ao Brasil equipada com um motor Duratorq 2.4 diesel de 115 cavalos que justifica o nome nos 32 kgfm a 1.750 rpm. Lá fora, tem como opção um 2.4 com 140 cavalos, e também um 3.2 TurboDiesel de 200 cavalos. E anos atrás ganhou até uma versão Sport Van com listras brancas e rodas aro 18.

Fiat Marea Weekend

Caso raro de fracasso de público que encontrou seu nicho entre os entusiastas, o Marea Turbo tinha uma frente agressiva, mas de resto era discreto até demais, principalmente o sedã. Mesmo com logotipos, chega a ser difícil convencer os leigos de que este foi um dos nacionais mais potentes de todos os tempos, com 182 cavalos de fábrica produzidos pelo sofisticado Fivetech.

Volvo 850 Turbo Wagon

Nenhum tijolo é tão rápido nas estradas quanto essa perua sueca turbinada, famosa tanto pelo desempenho dos motores de 5 cilindros e 20 válvulas de 170 ou 225 cavalos, quanto pelas estruturas e equipamentos de segurança. As versões 850R e T-5R, na casa dos 245 cavalos, disputaram o título de stations mais rápidas dos anos 90, atingiam 250 km/h sem muita ajuda da aerodinâmica e venceram provas no BTCC sob o comando de Tom Walkinshaw.

Subaru Legacy

Quase íamos esquecendo desse sedã que, ao longo de cinco gerações, pareceu sempre fazer força para ser o mais neutro possível e esconder das famílias suas características mais valiosas: a onipresente tração integral e os motores boxer, sempre com versões turbo disponíveis para os momentos secretos.

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