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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Audi 2.5 TFSi: 5 cilindros de pura inspiração !

 Não é todo mundo que aposta nos cinco cilindros hoje em dia. Por muito tempo considerada uma configuração excêntrica, sem o poder dos seis canecos nem a economia de quatro cilindros, o cinco-em-linha só foi realmente abraçado por um punhado de fabricantes até hoje.
Eles se tornaram ainda mais raros na atualidade, conforme as empresas buscam diminuir sua contagem por razões de economia de combustível, jogando turbocompressores em tudo o que é possível. Mas há um cinco cilindros que eu não vou esquecer tão cedo.
Você não irá encontrá-lo debaixo do capô de um Toyota. Mesmo a Volvo, que por décadas carregou a tocha da configuração, já declarou em Genebra que no futuro seus carros terão no máximo quatro cilindros. Se até os V8 e V6 parecem rarear nos carros mais potentes, o que dizer das chances dos L5?
Eles parecem fadados à extinção, mas mesmo os dinossauros possuem seu T-Rex: o roncador e turbinado Audi 2.5 TFSI, que hoje encontra trabalho tanto no Audi TT RS (leia nosso review aqui) quanto no RS3.  Com 365 cavalos e 47,4 kgfm na última linhagem do TT RS, é uma saudação verdadeiramente adequada aos inesquecíveis motores dos Sport Quattro, que também possuíam 2,5 litros e cinco cilindros.
 Você deve saber que o grupo VW faz um motor com a mesma configuração para o Jetta e o Golf. Esse motor é considerado (para os altos padrões europeus) barulhento, impotente e ineficiente, e está prestes a ser substituídos por turbinados menores. Mas graças ao trabalho pesado dos malucões da Quattro GmbH, este frouxo se transforma em uma arma de destruição em massa.
A própria Audi nos ajuda a entender por que ele fica tão legal, começando pelo bloco de cinco cilindros. Por causa do seu tamanho compacto, fica bem em aplicações transversais. O bloco em si é feito de ferro fundido de grafite vermicular, o que se traduz em baixo peso (apenas 183 quilos) e capacidade para suportar altas tensões.
O cabeçote é similar ao do 2.5 dos VW mais comuns, mas foi modificado para adquirir mais resistência. As mudanças incluem uma liga de fundição de alumínio diferente, válvulas de escape de sódio para melhor refrigeração e um novo coletor.
 Outras adições incluem injeção direta, uma nova ECU, intercooler e uma turbina Borg-Warner K16 boa para pressões de até 17.4 psi. A taxa de compressão é de 10:1.
Com esses atributos, o 2.5 TFS produz incríveis 365 cavalos a 5.500 rpm no TT RS vendido lá fora. Torque? São 47,4 kgfm entre 1.650 e 5.400 rpm, força suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em pouco mais de 4,1 segundos. No RS3, os números caem para 340 cavalos e 45,9 kgfm, com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos. De qualquer forma, são dados impressionantes para algo com apenas dois litros e meio de deslocamento.

O que as pessoas têm a dizer a respeito disso? Nosso chapa Mike Spinelli dirigiu o TT RS no ano passado e disse “é um aparato e tanto… um instante acima dos 1.600 rpm, e o carro dispara feito o Papa-léguas”. Outros citam a experiência única de um coice sem sinais de queimação nos pneus.
Se você ainda não está convencido do potencial dessa usina, o vídeo abaixo te dá uma boa ideia. Ouça isso. OUÇA ISSO! Parece uma metralhadora giratória disparando vespas ao invés de balas. E o pulo que o velocímetro dá?
Então talvez os cinco cilindros estejam no rumo na extinção. Vamos esperar que não. Mas se estiverem mesmo, eles não poderiam imaginar um canto de cisne melhor.

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