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terça-feira, 31 de julho de 2012

Chevrolet Spin

Ontem a tarde, passei em frente a uma Concessionária da GM que tinha uma Spin, e fiquei realmente impressionado com a desgraça que é entrar naquele lugar. Tenho respeito pelo Diretor de Design da GM América do Sol, Carlos Barba (por aprovar essa coisa, que NEM DEVE SER CHAMADA DE CARRO), e o admiro por tentar fazer algo diferente. Mas depois do Agile, percebi que nossos gostos  para beleza são extremamente diferentes. Não fui com a cara do TrAgile, nem da Monstrana, e muito menos com a do Cocobalt. Não seria diferente com a Spin. Parece que caiu café no projeto, aí tentaram remendar todos os papéis com chiclete, e foram tentando, tentando,tentando, até que o tempo acabou e sobrou isso.
Desenvolvida no Brasil para países emergentes, isso representa o retrocesso da Chevrolet (numa só rasteira, morrem as velhas mas dignas Zafira e Meriva), que já esteve alinhada à Opel. Aliás, a Meriva também foi projetada aqui, mas ao contrário dessa tranqueira, fez sucesso na Europa. Ela e a Zafira ganharam novas gerações com muita ousadia no design, quase virando um Citroën ! A nova Zafira européia competiria com a Grand C4 Picasso, mas pena que âmbas ficaram sofisticadas demais para o Brasil . . .
Agora, depois de ver as Meriva e Zafira dos gringos, respire fundo, sente-se e veja abaixo mais fotos do trambolho que chegou aqui na Brasilands no lugar dessas lindas minivans que nunca veremos . . .
 Assim como os outros Chevrolet's nacionais, a Spin assusta qualquer crioncinha facilmente com suas linhas desarmônicas e exageradas, com frente de SUV, lateral de minivan e traseira de rabecão. A nova bizarrice de fábrica da GM tem uma peculiaridade que acabei de notar: a frenta tem faróis grandões mas é meio pequena, e a traseira grandona tem lanterninhas minúsculas.

Além do faról grandão que chega perto do parabrisa, na frente temos também a enorme grande de caminhão. Ah! pra provar que a frente é de SUV, vejam que a base do parachoque dianteiro foi feita com inspiração na Captiva . . . Já a lateral tem vincos característicos do Cobalt, como as formas de ganchos invertidos, que começam nos paralamas e acabam nas portas, e dependendo do ângulo que você olhar, parece até que as portas estão amassadas.

E dando prioridade ao espaço para cabeça dos ocupantes do fundão, o teto acaba sendo reto, dando o aspecto de carro funerário (que meu amigo Matheus Barbosa odiou). A traseira é de longe (e de perto) a parte mais feia dessa carroça, com o teto alto, o logo e a maçaneta em posição mais alta que o normal, e pequenas lanternas que lembram o Agile. E o fato da placa ficar no para-choque, tampa do porta-malas ficaria ainda mais vazia, se não fossem alguns vincos. Se esse vinco não existisse, ela poderia servir como outdoor ambulante !
 E seguindo a linhagem da família, a Spinha leva o lema de "beleza interior é o que vale" bem a sério. O painel é bastante parecido com o do sedan, incluindo o conceito de duplo cockpit, volante de Cruze e o painel de moto (que também deixa o Sonic feio). Há alguns porta-objetos, mas não pense que você está em uma minivan francesa, pois isso aí é um projeto de baixo custo (até as mesinhas de avião que a SpaceFox tem, ficou de fora aqui).

Como a Spinha foi projetada entre uma Nissan Livina e uma Grand livina, ela vem em versões de 5 e 7 lugares, mas sempre com a mesma carroceria. Comparada a Meriva, os prós são o porte e equipamentos de série. Já em relação à Zafira, a única vantagem é o preço, que na antiga começa em R$60 conto, e nessa coisa a versão tp chega perto de R$55 pila.
 Mas como uma Spinha nunca será uma Zafira, os donos da minivan do Astra vão ter que dar adeus ao sistema Flex-7, que tem os bancos centrais corrediços e faz com que os finais se escondam no assoalho, enquanto o do rabecão não pode ser retirado, e rouba 157L do bagageiro. O porta-malas, aliás, tem 162 litros na versão 7 lugares e 553L quando a última fileira é rebatida. Quando as duas estão deitadas, vai a 1.668L. A versão de 5 lugares não rebate a segunda fileira, e tem sempre 710L.

Assim como no sedan, o porte da minivan é grande: são 4,36 m de comprimento e 1,73 m de largura, com 1,66 m de altura e 2,62 de entre-eixos, resultando em 1.202 kg na 5 lugares e 1.255 kg na de 7. Estou comparando esse futuro carro de taxista com o Cobalt, pois estes tem a mesma plataforma do Opel Corsa D, que também é usada no Sonic, embora nos feiosos ela tenha sido alongada. //Vale aqui uma observação-crítica by MG: embora ela seja grandona, o espaço para quem vai lá fundo é apenas para crionças, ou para amigos deficientes que não tenham pernas.//
O motor é o Monzatech 1.8 8V de sempre, mas repaginado, e que agora recebeu um downsizing, perdendo potência. -Entre parênteses, os dados antigos- Agora são 108/106 cv a 5.600/5.400 RPM (114/112 cv a 5.600 RPM) e torque de 17,1/16,4 kgfm de torque a 3.200 RPM (17,7 kgfm a 2.800 RPM). O câmbio é o manual de 5 marchas de sempre, ou um automático de verdade, de 6 marchas (melhor que o automatizado de 5 da Meriva e o antigo automático de 4 marchas da Zafira). Esse último veio do Cruze.

Segundo a GM, a LT 5 lugares manual faz o 0-100 km/h em 11,6 s e vai até 171 km/h e a LTZ 7 lugares automática faz demora 12,5 pra chegar a 100 e para nos 165 km/h. Até que anda bem vai . . . O que importa é que o razoável espaço interno, junto do conhecido motorzão (¬¬) 1.8, a GM consegue reforçar que sua minivans servem bem ao uso dos taxistas. A Meriva é, atualmente, o carro mais usado nas praças, e o Cobalt ultimamente está começando sua vida de trabalho. Isso significa que a Spin mal chegou, e já está predestinada a ser carro de taxista.

Há duas versões, LT e LTZ. Elas são bem equipadas, sendo a primeira  só 5 lugares e a outra só 7 lugares. Veja os preços e equipamentos:


LT R9J:  Direção-Hidráulica, Ar-Condicionado, vidros e travas elétricas, chave canivete, banco do motorista e volante com regulagem de altura, rodas de aço aro 15" com pneus 195/65 R15, retrovisores e maçanetas na cor do carro, grade do radiador com detalhes cromados, air-bag duplo e ABS com EBD. R$ 44.590,00

LT R9R: acrescenta Rodas de Liga Leve aro 15" e CD-Player com MP3, USB, entrada auxiliar e Bluetooth. +R$ 1.400,00


LT R9T: acrescenta o câmbio automático de 6 marchas e piloto automático por mais R$5.100,00

LTZ R9P: versão R9R mais 7 lugares, bagageiro de teto, faróis de neblina, retrovisores elétricos, maçanetas internas cromadas, bancos de veludo com detalhes em couro bege, volante multifuncional, faróis com máscara negra e sensor de estacionamento. R$50.990,00

LTZ R9Q: acrescenta o câmbio automático de 6 marchas e piloto automático por mais R$3.700,00.

Veredicto: 
Se você não se importa com o design cabuloso e, em breve, com a fama de carro de taxista, a Spin oferece um bom custo-benefício, pois é espaçosa e bem equipada por um preço competitivo para seu segmento. Quem vê cara não vê coração, portanto embora a Spin seja feia, ela não deixa de ser um bom carro. Tem grandes chances de ser sucesso não só de praça, mas também de público.

Um comentário:

  1. gosto não se discute Sr Mateus, realmete ela não é um padrão de beleza, inclusive a frente é realmete muito feia e a lanterna trazeira muito pequena mas acho o carro muito simpático, gosto dela e acho que se ela tiver um bom face lifth compro uma spin active para mim agora em 2018.

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